E tanta coisa aconteceu…
Entre nós, nada de novo:
Não nos falamos
Nos ignoramos
Não existimos
Diante de nós mesmos
Diante dos outros
Oficialmente não somos nem alguéns
Mas não há nada mais oficial
Do que o que dói sem título
Do que é cicatriz sempre aberta
Do que é sangue morto-vivo
Do que é lacuna nunca cheia
Do que é enchente vazia
Repleta do que não se pode sorver
Talvez, um dia talvez
Mudem o nome da tua rua
Da nossa rua
Mudem a rota daquele ônibus
Mudem a cor daquele muro
Mudem aquela árvore de lugar
Cubram os trilhos do bonde
Cubram os antigos paralelepípedos
Mas nada jamais irá mudar
Queiramos ou não
Aquele domingo
E era só domingo…
E tudo isso aconteceu.
Ual, que poesia mais saborosa de se ler. Cada verso uma amostra da saudade. Adorei imensamente.
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❤❤❤
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Que lindo! Conseguimos nos colocar em cada lugar!Ou adaptar para nós mesmos.
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Isso!!!!! 🙂
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