Obra-prima inacabada

Ah! Este passado ausente
Que te faz discrente da vida
Do mundo, de tudo…
E se teu grito ficou mudo
Foi só para um alguém.

Por que te sentes assim?
Não há felicidade no adeus –
É claro que eu compreendo
Mas se o futuro vem para ti correndo,
Deves ignora-lo por capricho?

Atenta-te para o que não te falta!
Tens o mundo a teus pés
Loucuras, aromas, odores
Gostos, cheiros, sabores
Por ti e em ti – tudo teu!

E que não me obrigues a dizer
O que sempre achei de ti
Pois terei que fazer isso sem palavras
Libertando-te de tuas amarras
Para te fazer mais do que mulher.

E caso seja esta uma opção viável
Que tu uses e abuses de mim
Será meu prazer ser teu escravo
E meu prazer que só para ti narro
Será uma constante no teu dormir.

E no acordar também – que fique claro!
Não sou dos tipos que fogem durante a noite
Se queres dançar esse momento triste,
Que saibas que dentro de ti fogo ainda existe
E quero, preciso me queimar.

Não me leves a mal se por ora
Pareço abusar de sua aparente carência
Abusar-te-ia antes se pudesse
Se uma chance só por um acaso desse
Dentro de ti já teria sentido tudo que digo.

Amor, amante, amigo
Sou tudo menos teu inimigo
Só quero-te longe do precipício
Pois a tristeza não é teu ofício –
Tu nasceste para ser amada.

Sim. És obra-prima inacabada.

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4 pensamentos sobre “Obra-prima inacabada

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