O post de maior sucesso do meu blog! 😛
Arquivo mensal: julho 2017
Sem futuro
Tentando ficar em paz com o passado
Esqueceu-se…
Justo dele!
Do futuro.
Áspera vida
Áspera
À espera
A vida
Quem me dera
Ter-te aqui
Agora
Afinal
Seja como for
Sempre antes
Nunca depois.
Quatro Mestres!
Quatro mestres. Três deles já falecidos. Ainda assim juntos, eternizados por uma canção. Entre nós, o maestro Rildo Hora (gaita). No céu, em um lugar bem especial, o monstro sagrado Cartola, o épico e inalcançável Raphael Rabello, e o controverso Cazuza. É música para ouvir em silêncio absoluto.
Com vocês, “O mundo é um moinho”, uma composição do inesquecível Cartola.
Desperta dor
Estridente
Contundente
O despertador desperta
Só mais 5 minutinhos…
Veemente
Inclemente
O despertador desperta
Só mais 5 minutinhos…
Impaciente
Descrente
O despertador desperta
Chega de clicar no “Snooze”!
Ainda há tempo
Só mais uma soneca
ZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzz
ZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzz
ZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzz
E três horas depois…
Meu Deus!
Que descontentamento
Perdi a oportunidade
Posso voltar no tempo?
Não, não pode!
Com o tempo não se brinca
É preciso reparar no tempo
Enquanto o futuro não se erode
Dorme agora
Já que não há
Diferença na pressa
E na demora
Jogou-se tudo fora
Enrolando-se no presente
Disfarçando o que deveras sente
E agora?
Despertado pela dor
Irresponsavelmente
Deixou a vida ir embora.
Por inteiro
Nunca fugi de ti
Sempre fugi de mim
Em teus braços
Descobri-me
Vi-me
Pela primeira vez
E o eu que existia
Destronou-se de mim
Percebi com clareza
O quanto eu era “meio”:
Meio feliz
Meio realizado
Meio completo
Meio inteiro
Meio vivo
Eu era só metade
Metade de mim
Não aceito!
Não quero mais ser meio
Quero ser inteiro
Viver intensamente
Ser potencialmente
Tudo que de fato sou
Tudo que jazia absorto
Talvez morto
Dentro de mim
Processo irreversível
Ainda mais agora que sei
Que somente juntos
Tu e eu somos infinitos
Nas risadas
Nas lágrimas
Nos pensamentos
Nos carinhos
Nos gemidos e gritos
Somos o nexo causal
De vidas plenas
Destino presente
Transparente
Certo
E para deixar claro
Em fugir
Já nem penso mais
Pois já não há mais paz
Em fugas e atalhos
Que me levem
Para longe de ti
Em teus braços
Encontrei o aqui
O agora
Só te peço que sem demora
Permita-me ser inteiro
Teu inteiro
Permita que sejamos
O tu e eu verdadeiros
Por fim e sem fim
Derradeiro.
Vida seca
Nada sinto
Ou se sinto
Minto
A tudo me submeto
Aceito
Não nego
E por fim
Nada prometo
Divago
Prolixo
Em mim
Me perco
E se me encontro
Não me acho
Olhos turvejantes
Alma vestida de preto
Puro opróbrio
De mim restou
E na sarjeta
Onde não sei sequer
Quem por bem
Ou por mal
Verdadeiramente sou
Lamento estar vivo
Enquanto lambo minhas feridas
Eis o que o destino
Para mim destinou
Proxeneta de sonhos
Outrora risonhos
Sem lágrimas
Eu choro…
Sem lágrimas
Imploro…
Por uma vida!
Quiçá menos sofrida
Quiça menos desvaída
Quiçá menos seca.