Esse era o nome de uma senhora do tipo “personagem clássico” que morava na rua onde cresci. Infelizmente, no domingo, dia 18/02/2018, foi acometida de um infarto fulminante. Morreu em casa, com seus cachorros. Os bombeiros precisaram arrombar a porta para retirar seu corpo, pois ela morava sozinha. Creio que ela tinha 78 anos.
Era uma senhora que usava a sua pensão para sustentar familiares. Que era defensora dos animais (os cachorros dela foram adotadas por pessoas da rua). Que levava lanche para os PMs durante operações em favelas. Que era assistente social. Que era síndica do prédio onde morava. Que era devota de Nossa Senhora de Fátima. Que usava óculos. Que fazia compras no Presunic. Que conversava com todo mundo da rua enquanto fazia suas caminhadas. Que era respeitada por todos os moradores. Enfim…
Apesar de sustentar familiares, estes não iam vê-la. A rua era sua família. E por isso hoje, me sinto na obrigação de falar da Margarida. Apesar de não ser muito próximo dela, queria que ela não fosse esquecida. Queria de alguma forma registrar o quão importante ela foi na vida de muita gente, de muitos animais.
Fique em paz, Margarida. Que Jesus Cristo e Nossa Senhora de Fátima a recebam em paz no reino dos céus. Você deixou marcas nesse mundo. É meu dever honrar quem se foi antes de mim.
Belo texto e linda homenagem! Parabéns pelo seu precioso tempo em descrever Margarida!
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Ela merece! Não fiz nada além de dizer o que guardo no meu coração. Um beijo! 😘
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