Vejo o que não via
E sinto o que eu não queria.
No horizonte que se queima,
Queima a minha fantasia.
Nos copos e bares,
Aldeias e mares,
Restos do que somos,
Apesar dos pesares.
E somos o que somos,
Em todos os lugares,
Presenças indesejadas,
Veias, vasos, capilares.
E no sonho acordado,
Nas esféricas luzes do dia a dia,
Eis que nasce o controle
Do que o controle nada queria.
E nas lembranças secas
De copos e bares,
A libido acesa,
Só olhares… Aqueles olhares…
Entrego-me ou rio?
Vivo ou fantasio?
Nas dores do poente
Ela deságua… Rios.
Deságua, vai…
Finge que me satisfaz,
Mas em meus sonhos é outra a face,
Cuja verdadeira face ficou para trás.
Você escreve tão bem que é algo que me encanta
CurtirCurtido por 1 pessoa
Poxa… Nem sei o que dizer. Obrigado pelo elogio, tá? Um beijo grande! 😘
CurtirCurtido por 1 pessoa