Há coisas que são só para os olhos
E há aquelas coisas
Que ousam –
Que pousam! –
No ventre,
No útero,
No nascer,
No adeus,
Em Deus,
Há coisas –
E de todas essas coisas –
Há o grito,
Calmo ou aflito,
Onde te penumbro,
E nunca te ofusco.
Há luz,
Há verdade,
Há claridade
Na cerca que não cerca,
No abraço que não prende,
Na doença que não e moléstia,
Na ausência que é presença
Farta e certa.
E tudo
No momento certo,
Quer seja no coração que sangra,
Ou no que o orgulho lacra –
Aberto! –
Renasce por suas próprias forças,
Posto que o amor
Ressurge e urge
No presente fingido,
Cujo futuro –
Decerto –
É comunhão,
Entrega,
Vida,
Sublime abnegação,
Água no deserto.