A Lua acende a noite
E eu em busca de respostas
Para perguntas que eu nunca fiz
Sinto saudades de algo novo
Diferente de tudo que já vivi
E que não se acabe na melancolia
De uma sofrida taça de vinho
Sinto-me vivo
Muito, muito vivo
E vazio, inteiramente vazio
Lembrando-me do que eu nunca fui
Mas também sei
Que é justamente nesses momentos taciturnos
Enquanto bebo água do fundo do poço
É que vou reinventar o meu existir
E nem é tão ruim assim…
A dor é amiga e companheira
É fim e também o início
De tudo que ainda está por vir
A Lua acende a noite
E a Lua está linda…
Como antes eu nunca a vi.