Quando te perguntarem de onde eu sou,
Diga que sou do bar.
Foi lá que nos reencontramos
Depois de nos conhecermos
Em outro bar,
Em algum outro,
Mas é como se fosse lá.
Porque lá é minha casa,
Lá é meu lar,
E você é mais do que bem-vinda
E isso eu nem preciso falar.
E não é por ser especial:
Lá todo mundo é igual,
Todo mundo real,
Todo mundo tem nome,
Tem sobrenome,
Tem histórias para contar –
Derrotas e vitórias –
E está lá a criar histórias,
Histórias nem sempre de lá,
Mas que por lá passam,
Que muitas vezes lá nascem
E muitas vez por lá morrem.
E lá se chora,
Se ri,
Se fica,
Se vai embora,
Se ama,
Se termina,
Se namora,
Se troca o telefone,
Se telefona,
Se desabafa,
Se bate foto,
Se entrega,
Se esquece,
Se perde,
Se escreve,
Se bloqueia,
Se declara,
Se casa,
Se separa,
Se afoga.
Um dia,
Ainda irei de fraque até lá
E ninguém vai reparar,
Porque lá cada um vale
As suas conversas,
Os seus silêncios,
As suas lágrimas –
Com ou sem maquiagens borradas –
As suas gargalhadas,
As suas memórias –
De novo, histórias –
E nada mais.
Quando te perguntarem de onde eu sou,
Diga que sou do bar
E que tenho muito orgulho de ser de lá.

P.S.: Essa poesia foi escrita in loco.
by the way .. muito boa !
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Ganhou uma curtida direto do bar! Rs. 🥰
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