A arte não pode ser silenciada,
Porque o amor urge e grita,
E a vida,
Tão passageira e efêmera
Quanto parece ser,
Está sempre em chamas.
O que eu nego que me aconteça,
Ainda assim não deixa de me acontecer.
E o que eu sinto –
E que só eu sei que verdadeiramente sinto,
Quer seja por anos ou instantes –
Está além de censura
E de toda e qualquer opinião.
Eu existo.
Parece-me o bastante.
Resta me tudo, então:
Apenas viver.
