Indigentes

Não

Não foi acidente

Não foi desatino

Do destino

Foi aprendizado

Anseio

Ensino

Que virou ode

Canção

Hino

 

Juntos

Menina

E menino

Adultos

Escancaradamente

Ocultos

Sulcos

No coração

Na alma

Felicidade

Liberdade

Absoluto

Total

Brutal

Descomunal

Indulto

 

Não

Não foi acidente

Foi Deus sendo benevolente

Com os que sentiam fome de amar

E do amor eram indigentes.

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Mero acidente

Cada coisa a seu tempo

Nas caminhadas

Ar em movimento

Um sorriso matreiro

Que fareja o melhor momento

 

Feito cão de caça

Olhos fixos na presa

Que refuga, disfarça

Enquanto ajeita seus cabelos

Égua da mais pura raça

 

E no esbarrão criminoso

Mãos que agarram pela cintura

E em tom vulgarmente jocoso

Trocam palavras absurdas

Com conteúdo para lá de apetitoso

 

E enquanto escondem o que sentem

Acreditam em quase tudo

Que suas bocas propositalmente mentem

Querem apenas gastar o tempo

Para fazerem o que quer que pensem

 

E somem pela madrugada

Vagando pelo mundo cinzento

Silhuetas que aos outros não dizem nada

Mas que sabem da noite que os espera:

Suntuosa, impetuosa e depravada.

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Abusado e insolente

Teu segredo

Se revelou de forma veemente

Quando gritou o teu coração

E tentou ignora-lo a tua mente

 

Não seria de mais valor

Ou talvez mais prudente

Deixares de fingir que é dor

O amor que deveras sente?

 

Ah! O amor…

Essa coisa insistente

Que não pede por favor

E que torna o completo carente!

 

Ah! O amor…

Do qual tu foges bravamente

Mesmo sabendo que não há vida

Quando parte de ti está ausente

 

Ah! O amor…

Não, não estás doente

Já que és tão racional

Que reconheças: estás impotente!

 

Ah! O amor…

Que te rendas a este insistente

Que subjuga-te a seus caprichos

Não se trata de mero acidente

 

E que fique claro que sua existência

Não depende do teu aceite

O amor é o amor

Abusado e insolente.

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Iron Maiden – EMPIRE OF THE CLOUDS

Não é a primeira vez que escrevo sobre o Iron Maiden nesse blog, e com certeza não será a última. E não é por falta de assunto, mas sim por conta do respeito e da admiração pela banda, que crescem mais a cada dia.

Meu amor declardo pela banda já foi descrito aqui. Já foram tantos discos, tantas músicas, que de uma forma ou de outra até os fãs mais apaixonados começam a pensar que a criatividade e até mesmo a vitalidade da banda vai algum dia acabar… Mas não.

A música EMPIRE OF THE CLOUDS, do novo disco chamado THE BOOK OF SOULS, é o último presente do Iron Maiden para seus fãs. Como sempre, uma aula de História e, acima de tudo, de bom gosto, de pura emoção. De maneira simplística, uma composição fantástica com uma execução para lá de brilhante, com direito até mesmo ao Bruce Dickinson no piano!

Essa música é fala da história do dirigível britânico R101 (apenas para efeitos de comparação, o Titanic caberia dentro deste dirigível) que terminou em um grave acidente com a morte de 48 pessoas e 6 sobreviventes. Não, eu nunca tinha ouvido falar desse dirigível, assim como também nunca tinha ouvido falar do poeta inglês Samuel Taylor Coleridge. É o Iron Maiden distribuindo cultura como sempre fez e faz. E que se Deus quiser continuará fazendo!

Sem mais delongas, segue a música. Não dá para definir como Heavy Metal. È de uma beleza e de uma originalidade que desafiam quaisquer rótulos. É o Iron Maiden no seu melhor. É o Iron Maiden! UP THE IRONS!

ATENÇÃO: É bem possível que a melodia dessa música não saia mais da sua cabeça depois de ouvi-la apenas uma vez. Estou avisando apenas por precaução. 🙂