Amor e outras necessidades que brotam em poesias, contos, crônicas, músicas e imagens. Tudo visceral. Tudo fora de ordem. Não necessariamente verdades.
Após o fim de um relacionamento, ficam as coisas ruins e tristes que impedem a reconciliação, e também as coisas boas que de alguma forma parecem impossíveis de serem vividas novamente.
As coisas ruins e tristes são processadas e esquecidas com o tempo. Já as coisas boas… Com o tempo, são guardadas na lista de boas memórias, com muito carinho, para que a vida siga em frente.
Diga-me, mar, O que fazer Com estas ondas de felicidade que me banham, Que não sei se são pura ressaca Ou se é assim que agora hão de ser.
Diga-me, mar, Se do amor já é chegado o tempo, Para em tuas águas recomeçar Rumo ao destino por mim desejado, A mercê do poder e da força dos teus ventos.
Me procure Quando o álcool tiver se encarregado De afogar o teu orgulho, Quando teu coração falar mais alto Do que todas as grades a tua volta, Quando sentir que não há saída Porque a porta era só de entrada, Quando a verdade transbordar líquida Pelas linhas do teu rosto, Quando teu peito ficar apertado Pela saudade do que nunca foi pouco, Quando sentir loucamente minha falta Por dentro e por fora do teu corpo.
Me procure quando quiser se achar, Quando resolver viver e ser, Quando decidir se buscar, Posto que já estou bem longe Do quão perto já estive E sozinho, eu já não sei mais voltar.
Se algum dia eu deixar de te amar, Meu grande amor, Saibas que serás a primeira a saber.
Dói-me pensar nisso, Mas é porque contigo penso em tudo, Por mim e por ti.
Se todo este amor que sinto, Se toda esta paixão que me aquece, Um dia for embora, acredite: Eu serei o primeiro a por isso sofrer.
Porque não está e nem nunca esteve Nos meus planos mais sinceros Deixar de te amar, de te ter, Ainda que isto possa acontecer.
E digo essas palavras Sem antever nada disto!
Não se trata de um aviso ou algo parecido.
É apenas uma declaração de amor invertida, Dorida… Sofrida…
Porque no dia em que eu deixar de te amar, Não serei mais digno de tua presença, E serei forçado a me retirar da tua vida, Mas não sem antes me despedir.
Não fugirei do meu dever de dizer Que não mais te amo.
Não deixarei que saibas por terceiros O que sinto ou deixei de sentir.
Porque hoje és a minha vida, E ainda que um dia deixes de sê-la, Também eu deixarei de ser A minha parte que só em ti e por ti existe.
Se algum dia eu deixar de te amar, É porque parte de mim mataram Ou parte de mim morreu.
Eu ouço com frequência que o amor acabou e que as pessoas não se amam mais como antigamente. E invariavelmente me deparo com todos os tipos de declaração de amor. Quer seja na música, na escrita, na pintura, na escultura… O amor existe e está sempre presente. Sempre.
E numa dessas eu descobri que escrevo exatamente por esse motivo: porque o amor existe. E existe mesmo! E dadas as minhas limitações (não sou nada e nem ninguém diante dos grandes que falam de amor), fiz desse blog uma casa para falar de amor. Amor mesmo, de verdade. Com todas as suas complexidades e desafios. Amor real, que é céu e inferno de vez em quando, mas que ainda assim nunca deixa de ser amor.
Acho que essa música resume bem o que é amor, e é algo tão simples que chegar a ser assustador: amar é querer estar junto. Não é forçar a estar junto. É torcer para que o seu querer seja o que o outro também quer. E só isso.
Que o amor guie a sua vida!
P.S.: Vejam a entrada absolutamente triunfal da Beth Hart no vídeo! Que momento! Que momento!
Tell Her You Belong To Me (Beth Hart)
Tell her you’re mine That you have been blind Tell her it’s over And you belong to me Tell me to come And like hell I will run Back into your arms ‘Cause you belong to me
There’s a river on my skin There’s a dragon in the dark Nothing scares me more Than the silence of your heart
If you wanna hold me If you wanna know me again If you wanna love me Than take me home I’ve been at the bottom The deep end of the ocean Barely surviving by the dark side of her street Tell her you belong to me
She’ll never kiss you The way that I miss you What kind of lies does she tell you Inside of the dark
She’ll never win ‘Cause I’m not giving in You are my man You belong to me
If you wanna hold me If you wanna know me again If you wanna love me Just take me home I’ve been at the bottom The deep end of the ocean Barely surviving by the dark side of her street Tell her you belong to me
She’ll never win I’m not giving in No matter how long I still be hanging on Yeah, this kind of love I’m not giving up So tell her, tell her Tell her you were fooling
Yeah If you wanna hold me If you wanna know me again If you wanna love me Just take me home I’ve been at the bottom The deep end of the, the ocean Barely surviving by the dark side of her street Tell her you belong to me Tell her you belong to me You belong to me To me
Fala que não vai amar de novo. Jura que não vai se entregar mais uma vez. Diz que não quer nada sério. Faz promessa e tudo mais. E chega a vida, que não tem nada a ver com isso, e fala assim:
– Parou com a crise existencial? Tá aqui, ó…
E vira adolescente. Solta fogos por dentro. Volta a sonhar. Compra flores e bombons. Faz cartão. Escreve poesia. Faz juras de amor. Se entrega mais uma vez…
É possível viver sem amar? Talvez, mas as melhores histórias são as histórias de amor. Não viver essas histórias, quantas forem necessárias, é um grande desperdício. É deixar um monte de páginas em branco no livro da vida.
Apesar de a gente não ter dado certo, eu te daria uma carta de recomendação sem pensar duas vezes.
Você foi meu sangue e minha alma, meu amor e minha vida, e foi por tanto tempo…
Como não falar bem de uma das melhores coisas que já me aconteceram?
E não, isso não quer dizer que não mais te amo. Pelo contrário. Quer dizer apenas que te quero feliz, feliz como eu sempre te quis, quando você estava do meu lado. Amar não é isso?
Eu te amo de alguma forma. Em algum tempo e em algum espaço ou lugar. Eu não seria quem eu sou sem você. Eu não seria o que eu sou sem o que nós fomos.
Eu te amo. Saiba disso. Lembre-se sempre disso. É uma verdade eterna e inabalável, inquebrável. Você não é algo do qual eu queira me desfazer. Eu me lembro de você. Eu me lembro de nós. Eu me lembro de tudo. Você não é algo que eu queira ou precise esquecer.
Eu disse de todas as formas possíveis, em atitudes e palavras, em prosa e verso. Eu disse de todas as formas que eu sabia, de todas as formas que eu sentia, de todas as formas que eu podia e conseguia dizer.
Eu era disco arranhado em 33, 45 e 78 RPMs que só tocava uma única música, e essa música era você.
Eu disse inúmeras vezes e inúmeras vezes mais eu diria, porque dizer me deixava feliz, me fazia bem.
É certo que não fui perfeito, porque sou imperfeito. Mas sempre fui íntegro, genuíno, e nada do que eu disse jamais foi invenção ou exagero. Eu disse o que o meu coração quis dizer, porque ele sempre foi soberano ao seu lado. Dele, eu era só um pau-mandado.
E hoje, eu nada mais posso dizer. Curiosamente, as paredes com as quais nunca falei são minhas testemunhas. Testemunhas mexeriqueiras, alheias às areias do tempo.
Tudo que eu tinha para dizer, eu disse. Só não disse, porque disso só soube agora, que parece não ter fim a vontade de dizer. Dizer ainda é um ato de existência.