Só preciso do que for atemporal.
O passageiro
Eu deixo no próximo ponto.
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Não vou passar
A tempestade vai passar
Eu não
Não sou passageiro
Não sou
E não vim
De passagem
Sou atemporal
O infinito
No infinitivo
E ante o rugido
E o clarão dos trovões
Dou passagem
E é nesse ponto que a vida se engana:
Quando acredita que me conjuga.
Ainda procuro
Ainda procuro aquele brilho
Que emana de seus olhos
Desde o dia em que eu te conheci
Ainda procuro aquele perfume
Aquele sorriso provocante
Eternidades
Nossas vidas por alguns instantes
Ainda procuro o nosso gosto
Procuro o nosso cheiro
Procuro seus braços
Pelo ânimo para levantar
Pela fragilidade para dormir
Ainda procuro aquela sensação
Aquela total falta de limite
Frio na barriga
Excesso e falta de apetite
Aquela vontade de estar para sempre ali
Ainda procuro lembranças
Doces, suaves
Esperança!
De estar e ser sempre por perto
Peito aberto
Todo mundo em nossas mãos
Ainda procuro…
Dia e noite, eu juro
Ainda procuro
Ainda te amo.

Quase me perco de mim
E me encontro
Quando te encontro
Em cada desejo
No safado gracejo
Que só a você faz rir
É automático
Sintomático
Intergalático
Nunca burocrático
O sorriso que brota
E que vai de porta em porta
Querendo se mostrar
Querendo fazer o mundo sorrir
É contagiante
Grande feito um elefante
Raro como diamante
Droga super alucinante
Que descobrimos juntos
E para qual não há antagonista
Que vicia e conquista
E faz parar o tempo
Nos nossos momentos
Atemporalmente únicos
Únicos…
Únicos…
Há temporais únicos.
Motivo de orgulho
Como poeta amador, de vez em quando consigo criar algo que consegue resistir as minhas críticas mais ferrenhas.
É o caso de uma estrofe de uma poesia chamada Maldade. Sem perceber, meio que na base da tentativa e erro, acabam surgindo versos atemporais. E sim, isso dá muito orgulho.
Saudade,
Sim! Muita saudade,
De tudo o que fomos,
Pois o que somos,
É pouco, muito pouco,
Quando dizemos que o amor está morto,
Muito antes dele morrer.
Que Deus me permita ainda criar muitos versos como esse! Fica a sensação de dever cumprido. E que assim seja.