Silêncio!
Consigo ouvir as areias do tempo
Escorrendo por entre meus dedos
Sou uma ampulheta viva
E sei que a areia que se esvai
Tem rumo certo:
O deserto onde empilham-se
Todos os sonhos
Que jamais realizei
Onde serpentes e insetos
Consomem cadáveres insepultos
Que na morte procuram nexo.
MORRAM, SONHOS!
MORRAM!