Luz que nos guia

Talvez a luz não esteja no fim do túnel.
Talvez o túnel seja a prória luz
Nos guiando pelos caminhos emaranhados da vida.

26 Ele disse-lhes: “Homens de pouca fé, porque estavam com medo?” E levantando-se repreendeu o vento e o mar e fez-se uma grande calma. – Mateus 8:26

Aprecie a paisagem no túnel (ela existe – acredite!) sem medo e sem moderação. Confie no processo. 🙂 🙂 🙂

Country Clube – Nova Friburgo/RJ

Um brinde!!!

Me perdoes por não olhar-te
Como se fosses o prato do dia.

A minha fome não é de comida:
Eu preciso alimentar meu coração
Dar de comer a minha alma
E nada disso se dá
Em uma só refeição.

Somos incompatíveis
Não porque nos falte afinidade –
Que mais do que há, diga-se de passagem –
Mas porque o que tens para me oferecer
É justamente o que não preciso
E o que tenho para te oferecer
Soa-te como completa falta de juízo.

Não é uma crítica –
Que fique claro –
São duas almas buscando um caminho
Que vamos seguir como se entre nós
Nada tivesse acontecido
Até – quem sabe? – tudo acontecer de novo
E de novo, e de novo, e de novo, e de novo…

Hão de florir

Na estrada
Que leva ao nada
Encontrei-te
A seguir

Na estrada
Que leva ao nada
Encontrei-te
E precisei partir

É porque preciso
Chegar
Ser
E estar
E na estrada
Que leva ao nada
Não posso existir

Mas se quiseres
Chegar
Ser
E estar
Abandona a estrada –
A mesma que leva ao nada –
E outros caminhos hão de florir.

De flor em flor

Desejando o bem

Sigo meus caminhos

E ainda que toda e cada rosa

Tenha seus espinhos

Gotas de sangue –

Imperceptíveis! –

Escorrem de meus dedos sem dor

 

Mas o perfume da flor

Ah! Esse sim é como o amor!

Maior do que tudo –

E ainda mesmo que seja tudo –

É único de flor em flor.

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E era só domingo

E tanta coisa aconteceu…

Entre nós, nada de novo:
Não nos falamos
Nos ignoramos
Não existimos
Diante de nós mesmos
Diante dos outros
Oficialmente não somos nem alguéns

Mas não há nada mais oficial
Do que o que dói sem título
Do que é cicatriz sempre aberta
Do que é sangue morto-vivo
Do que é lacuna nunca cheia
Do que é enchente vazia
Repleta do que não se pode sorver

Talvez, um dia talvez
Mudem o nome da tua rua
Da nossa rua
Mudem a rota daquele ônibus
Mudem a cor daquele muro
Mudem aquela árvore de lugar
Cubram os trilhos do bonde
Cubram os antigos paralelepípedos
Mas nada jamais irá mudar
Queiramos ou não
Aquele domingo

E era só domingo…

E tudo isso aconteceu.

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