Nuvens cinzentas

As nuvens –
Antes cinzentas –
Assopram-me em direção ao sol.

Justo o sol,
Que sempre lá esteve.
Justo o sol,
Que das nuvens independe.

Mas eis que voar por entre
As nuvens densas e cinzentas,
Fez-me valorizar ainda mais o sol,
Que me aquece,
Que me remexe,
E minha pele aquece,
E faz bater meu coração.

Queria eu ter entendido antes,
Que as nuvens então cinzentas,
Eram catalisadoras da minha ascenção.

(querendo eu ou não)

Pelas nuvens cinzentas eu ascendi,
E o sol tudo em mim acendeu.

Noite Cinzenta

Bom, essa foi a minha primeira poesia. Mais uma autoral, portanto.

Noite Cinzenta

Que nesta noite tu esqueças,
Entre nossas diferenças,
Nossos medos e nossas
Alucinações.

Como um véu meio cinzento,
Minha sina, meu tormento,
Névoa espessa em nossos
Corações.

Em um mar cheio de luz,
Espero por ti, meu sonho.
Em um mar cheio de luz, jaz o meu
Viver.

Na linha do horizonte,
Jorra brisa, uma fonte,
Sentimento forte,
Desilusão.

Da tua boca ouço sofrimento,
Areia seca, sem alento,
Faca afiada no teu jogo de
Sedução.

Com olhar sempre viril,
Vem aqui, vem me mostrar,
Que tu és forte, mas também, tu sabes
Amar.

Força da natureza,
Estrela de rara beleza,
Cai pendente, sem causar
Destruição.

Força do infinito,
Acende a luz, atende à meu grito,
Confiante, grito de
Paixão.

Que se faça em mim,
O teu desejado.
Que se acenda em mim,
Teu fogo gelado.

Glória à ti, princesa,
Me inunda com tua luz.
Nos amamos, mas no meu coração,
Solidão.

Me digas de uma vez,
O que sentes por mim?
Me digas de uma vez,
Pois te amo.

Me digas de uma vez,
O que sentes por mim?
Me digas de uma vez,
Que me amas.

Me digas de uma vez,
Por pior que seja,
Ou possa vir a ser,
Mas simplesmente digas,
Pois teu silêncio, é como a morte
Enfim…

2013-01-16 004