Há tempos
Que os ventos
Não conspiravam
Na mesma direção
Há tempos
Que as palavras
Algumas vezes duras
Não caiam como benção
Há tempos
Que os sonhos
Que deixavam sem dormir
Não traziam consolação
Há tempos
Que a saudade
Era desespero
E não consolação
Há tempo
Ainda há muito
Tempo
O tempo do amor
Para nosso contento
Obteve, finalmente
O seu deferimento.