Geração Nutella

O grande problema da “Geração Nutella” é acreditar que nascemos cheio de direitos e com nenhum dever. Apenas para efeitos de esclarecimento, a vida não nos deve NADA! Temos que fazer por onde para conquistar os nossos objetivos. De que adianta ficar nessa de programação neurolinguística e não arregaçar as mangas? Quem disse que vamos encontrar o trabalho ou mesmo o amor de nossas vidas sem nenhum preparo ou mesmo sem correr nenhum tipo de risco? Nada vai cair no nosso colo. NADA! Temos que semear hoje para colher amanhã, lembrando que o tempo entre o “hoje” e o “amanhã” pode ser de anos!

E para terminar, algo que li faz algum tempo. Mais do que nunca, sei que faz todo o sentido.

A Riqueza e o Conhecimento

Era uma vez, num reino distante, um jovem que entrou numa floresta e disse ao seu mestre espiritual: “Quero possuir riqueza ilimitada para poder ajudar o mundo. Por favor, conte-me, qual é o segredo para se gerar abundância?”

O mestre espiritual respondeu: “Existem duas deusas que moram no coração dos seres humanos. Todos são profundamente apaixonados por essas entidades supremas. Mas elas estão envoltas num segredo que precisa ser revelado, e eu lhe contarei qual é.” Com um sorriso, ele prosseguiu:

“Embora você ame as duas deusas, deve dedicar maior atenção a uma delas, a deusa do Conhecimento, cujo nome é Sarasvati. Persiga-a, ame-a, dedique-se a ela. A outra deusa, chamada Lakshmi, é a da Riqueza. Quando você dá mais atenção a Sarasvati, Lakshmi, extremamente enciumada, faz de tudo para receber o seu afeto. Assim, quanto mais você busca a deusa do Conhecimento, mais a deusa da Riqueza quer se entregar a você. Ela o seguirá para onde for e jamais o abandonará. E a riqueza que você deseja será sua para sempre.”

Detox da alma

A maioria das pessoas pensam que o perdão é algo que beneficia o agressor ou o algoz. E talvez beneficie mesmo, mas…

Como seria a sua vida sem perdoar o outro? Como ficaria o seu coração carregando uma espécie de mix de ódio e vingança? O quão pesada seria a sua vida se tivesse que carregar tudo isto para sempre?

Quando você perdoa, independentemente das sua religião, o que você está dizendo para o outro é o seguinte:

“Sabe aquela coisa suja que você quis deixar em minha vida? Sabe aquela necessidade que você tinha de me deixar para baixo? Lembra das fofocas e das mentiras? Eu não sou nada disso! Tudo isso não é meu e faço questão de devolver. Você está perdoado! Se não quiser ficar com estas coisas, jogue-as fora. Comigo é que não vão ficar.”

Perdoar é o detox da alma e contraria muitas vezes os interesses de quem fez você ficar mal. Vai que a pessoa sente prazer em ver você triste? Sim, isto existe!

Pense nisso. Não deixar o seu ofensor ou adversário dominar a sua vida ainda que à distância. E mais… Como você pode esperar que flores surjam dentro do seu coração quando ele ainda está repleto de lixo que sequer é seu?

Bônus: o perdão, ainda que não seja esta a sua intenção, pode ser encarado pelo outro como um golpe fatal de vingança. Afinal de contas, o perdão também é uma forma de dizer adeus.

Luz e sombra

Até que ponto o teu padrão de consumo e a tua maneira de viver são realmente teus? Até que ponto tua roupa, teu carro, tuas palavras, teu olhar, tuas felicidades e tuas dores pertencem a ti? Até que ponto te reconheces quando olhas de cara limpa para um espelho?

És o que és ou és o que esperam que tu sejas? És ou estás? Quem és tu, afinal?

Pergunto porque também já não soube quem eu era, e foi um esforço tremendo achar-me em mim.

Já fui minha sombra revirada e retorcida por viver o que eu não era. Nenhuma penumbra. Nenhum atenuante. Puro breu.

Não houvesse espelhos, eu até hoje não saberia de mim. Não houvesse espelhos, até hoje eu acreditaria que eu era só ausência de luz. Sombra e nada mais.

Hoje, sou sol, mas só me tornei sol quando não me reconheci na minha sombra, e isso era algo que ninguém poderia fazer por mim.

Todo santo dia

Também eu sei falar de coisas tristes,
De tudo de ruim que me aconteceu,
Das dores que me perseguiram inclementes,
Das saudades absurdas que me gelaram o peito,
Das vozes que, delirante, fingi que ouvi,
Das noites em claro e da sensação de quase morte,
Dos fins de tarde que pareciam o fim do mundo,
Do Apocalipse que comia e regurgitava minhas vísceras.

Ninguém por perto.

Medo diserto.

Respirar funesto.

Desenredo decerto.

Até que me dei conta
De que nunca me eximi,
Ou mesmo tentei fugir,
Das catástrofes que a mim –
E em mim –
Cabiam:
Tentar esquecer
Era, pois, a forma mais dissimulada
De me lembrar,
Todo santo dia,
De tudo que ainda me habitava
E de tudo que já me foi tudo um dia.

Crescendo…

Ninguém jamais perdeu algo na vida por ser honesto, sincero, verdadeiro, grato, compreensivo, carinhoso, amoroso, bondoso, cuidadoso e, acima de tudo, gentil.

Muitas pessoas alegam que perderam tempo sendo assim com pessoas que não mereciam, mas eu pergunto: qual é o mérito de ser somente assim com quem também é assim com você?

A vida é uma escola e somos eternos alunos. Cada vez que somos gentis, por exemplo, mais gentis nos tornamos. Praticar o bem nos torna melhores do que já somos. Sempre.

O mundo dos outros pode não espelhar aquilo que somos ou fazemos, mas o universo… Este sim é o nosso grande espelho, e dele receberemos exatamente tudo aquilo que nele projetamos.

Nunca se decepcione. Mais a frente, a vida mostrará de forma inequívoca que tudo sempre valeu a pena. Viver vale a pena. Ser de verdade vale a pena. Sempre. 🙂

Nuvens cinzentas

As nuvens –
Antes cinzentas –
Assopram-me em direção ao sol.

Justo o sol,
Que sempre lá esteve.
Justo o sol,
Que das nuvens independe.

Mas eis que voar por entre
As nuvens densas e cinzentas,
Fez-me valorizar ainda mais o sol,
Que me aquece,
Que me remexe,
E minha pele aquece,
E faz bater meu coração.

Queria eu ter entendido antes,
Que as nuvens então cinzentas,
Eram catalisadoras da minha ascenção.

(querendo eu ou não)

Pelas nuvens cinzentas eu ascendi,
E o sol tudo em mim acendeu.

Pedra Fundamental

Sair de cabeça erguida,
Brindar a integridade,
Degustar a verdade,
Manter a sanidade,
Ver as luzes da cidade
E sentir orgulho do eu que já não mais sou.

Porque este eu,
Este que não mais sou,
Lutou como sabia,
Tentou tudo que lhe cabia,
E na sua derrota aparente,
Surgiu vitorioso um dia.

Não venceu ninguém,
Posto que com ninguém competia.

Não humilhou ninguém,
Posto que assim se humilharia.

Foi só um alguém,
Que verdadeiramente existia.

E hoje, mais forte,
Mais valente,
Mais amoroso,
Olho para o eu que já não sou
E agradeço a Deus de joelhos por já ter sido.

Porque tudo que eu era
É hoje pedra fundamental
Do que vivo,
Do que sinto,
Do que acredito,
E de tudo mais que eu já sou,
E de tudo mais que eu ainda serei.

Obrigado por ter despedaçado o meu coração – Fábio Teruel

Está com o coração doendo? Veja esse vídeo.