Não lembro
Não digo
Não divido
Não compartilho
Não planejo
Nada faço
Para que te sintas comigo
E ainda assim
Na ilusão de que tenho-te para sempre
Vivo essa vida doente
De ser tão independente
E de fato não estar bem sequer comigo
Não orbitas ao meu derredor
E sim, queres mais de nós
E eu sigo impassível
Querendo que seja inesquecível
O que faço de tudo para tornar perecível
A culpa não é tua, meu amor
Minha alma é muito sofrida
Minha vida muito dorida
E eu aquele sempre debochado sorriso de vida:
Eu não mais te amo.