Pedi a Deus que me desse um novo rumo
Uma nova direção
“Retire seus antolhos!”, disse um anjo
E eu sorri:
Não sou burro, não!
Pedi a Deus que me desse um novo rumo
Uma nova direção
“Retire seus antolhos!”, disse um anjo
E eu sorri:
Não sou burro, não!
Há tempos
Que os ventos
Não conspiravam
Na mesma direção
Há tempos
Que as palavras
Algumas vezes duras
Não caiam como benção
Há tempos
Que os sonhos
Que deixavam sem dormir
Não traziam consolação
Há tempos
Que a saudade
Era desespero
E não consolação
Há tempo
Ainda há muito
Tempo
O tempo do amor
Para nosso contento
Obteve, finalmente
O seu deferimento.
É comum, e diria que até natural, que em algum momento da vida, a busca de um sentido, de uma razão, se torne uma espécie de tônica em sua vida. Afinal, qual é o sentido disso tudo? Para que estamos aqui? De onde viemos? Para onde vamos? Por que nada parece fazer sentido? Por que ainda há gente que vota no PT?
Não tenho uma resposta definitiva, mas a analogia de imaginar-se em um navio diante de mar turbulento parece ser bastante apropriada. Visibilidade próxima do zero. A chuva, o vento, e a proximidade com rochedos fazem parecer que não é possível ter controle algum sobre a embarcação, e que é obrigação cartesiana o contentamento com os rumos e destinos reservados pela tempestade, sejam eles bons ou ruins.
E eis que então, como que em um passe de mágica, dos porões inundados do navio surge uma faísca que religa os motores. As luzes se restabelecem. As cartas de navegação reaparecem e, de alguma forma, começam a fazer sentido. E não por sorte, um farol ilumina o horizonte, indicando de maneira clara e inequívoca para onde o navio deve prosseguir.
Surpresa! VOCÊ é o capitão de sua vida. Se decidiu ou foi forçado a enfrentar mares turbulentos, lembre-se que ainda assim VOCÊ está no controle. O farol nada mais é que o seu objetivo maior, onde você realmente quer e precisa chegar. É a SUA felicidade. Faça o que for necessário para alcanca-la. Lembre-se apenas de que há outros em busca de suas respectivas felicidades também. Jamais passe por cima destes.
P.S.: Francesco Schettino, ex-comandante do navio Costa Concordia, foi condenado a 16 anos de prisão por causa do naufrágio do cruzeiro no qual morreram 32 pessoas, em janeiro de 2012. Além da “barbeiragem” de ter conduzido o seu navio até os rochedos, Schettino abandonou a embarcação, a sua tripulação e todos os passageiros a sua própria sorte logo após o acidente. Não seja um Schettino em sua vida. “Vada a bordo, cazzo!“