Desobvializando

Não espere de mim o óbvio.

O óbvio está em todos,

Em todas as esquinas,

E eu não quero ser só mais um

Para deixar claro:

Se for para ser mais um,

Não faço questão de ser nada,

Porque sei e não abro mão do que sou.

Ando cansado desses jogos,

Dessas coisas babacas do “amor”.

Perde-se tempo em disputas inúteis,

Onde nunca há vencedores.

O amor é para ser sentido,

E não para ser raciocinado,

Mendigado ou exigido.

Se todos os passos são calculados,

E nunca há risco de se pisar em falso,

Não é amor, porque amor é risco

E amar coisa de gente corajosa.

Amor é liberdade,

É asas, é sonhos,

Não tem nada de óbvio.

E por isso eu amo.

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