Sigo de cabeça erguida
Ainda que não saiba exatamente
Para onde vou
É que tenho certezas tão grandes
E crenças tão absurdas
Que não posso me dar ao luxo
De ignorar tudo que eu já sei
E permanecer onde estou
Há um senso de urgência
Um furor poético e fático
Uma necessidade de vida
Que nunca antes experimentei
É que me dei conta
Que hoje pode ser
Meu último dia –
Eu simplesmente não sei!
E problemas que vi tão grandes
Se tornaram menores
Barreiras intransponíveis
Desmoronaram
E tudo porque eu decidi
Que de agora em diante
Tudo vai ser assim:
Não mais sobre o que eu perdi –
Ou nunca tive –
Mas sobre o que pode estar adiante
No quebrar da esquina
Logo ali
Podem até chamar de egoísmo –
Não me importo! –
Mas de agora em diante
Eu vou mesmo é pensar mais em mim.