É só isso. É tudo isso. Estoicismo na veia!
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Em boa companhia
Ao andar sozinho
Percebi detalhes do caminho
Fui capaz de ouvir meus passos
Observar minha respiração
E o ritmo do meu coração:
Eu me senti
Ao andar sozinho
Passei por flores e espinhos
Becos, avenidas e praças
Do chão batido ao asfalto
Do sapê ao concreto, do aço à lata:
Eu senti o mundo
Ao andar sozinho
Provei todas as cores e temperos
Beijos e abraços intensos, insossos e acesos
Camas desarrumadas e fartura sobre as mesas
Tudo passageiro com retrogosto definitivo:
Eu senti o passar do tempo
Ao andar sozinho
Nada controlei ou antecipei
Nada esperei e muito recebi
E com o peito inundado pela esperança
Tornei-me da minha vida autor e protagonista:
Eu me reconheci.

Pura fé
Ter fé é isso: brindar pelo que já se tem e pelo muito que ainda há de vir. Que venha o futuro! ❤❤❤
Todo amor do mundo
Ousei dizer que da vida já tinha visto de um tudo
Grave erro
Proposital engano
Assisti ao vivo o meu ego em seu enterro
Por crer que tinha visto de um tudo, achei que de tudo já sabia
Quanta ousadia!
Hoje sei que não sei mesmo de um tudo
E talvez de um tudo nem queira saber
A grande verdade é que não me brutalizei com os anos
Não deixei ir a minha inocência
Dói-me quando vejo a dor de alguém
Ainda que em troca eu só receba intolerância
E em cada aprendizado ou reaprendizado
Por mais que as lágrimas jorrem em primeiro plano
No fundo haverá para sempre o meu eu sonhador
Posto que do muito que não sei, sei do amor
E no amor
Eu sei que de um tudo eu amo.
Áspera vida
Áspera
À espera
A vida
Quem me dera
Ter-te aqui
Agora
Afinal
Seja como for
Sempre antes
Nunca depois.
Sem medo
E a gente vai…
Sóbrio ou ébrio
De pé ou de joelhos
Sorrindo ou chorando
Mas a gente vai…
Ir é necessário
Ainda que não seja por opção
Ir faz-se necessário
Em um universo de infinitas possibilidades
É um sinal de gratidão
Pelo que já foi
Pelo que é
Pelo que ainda está por vir.
Comigo
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo!
Não, não me importa quantas vezes você caiu. Eu não vim para falar de suas derrotas, mas de suas vitórias. Eu vim te levantar. Vim para te carregar no colo se preciso for. Vim para te lembrar do quanto és especial. Vim para enxugar as tuas lágrimas com meu manto e chorar contigo se necessário for. Eu vim, porque tu vieste até mim.
Eu não te julgo. Eu vejo o teu coração. Eu sei o que sentes. Eu sei das suas tentativas. Sei do que não consegues traduzir em palavras. Vejo o frio que sentes. E estou levando a roupa adequada para que te esquentes. Sou teu refúgio. Sou teu abrigo. Eu vim, porque tu vieste até mim.
Não quero saber do que os outros dizem de ti. Não quero que te humilhes e te rasgues pedindo perdão. Não quero que te expliques. Teus atos falam por ti. Teu coração é puro. Eu quero mesmo é estar contigo em toda e qualquer situação. Eu vim, porque tu vieste até mim.
E essa dor que sentes, é minha também. Acredite! És meu filho! Sou o Senhor teu Deus, e manifesto-me diante de ti. Sou um Deus vivo que enviou seu filho para morrer em teu nome. Então me abraces e deposites todas as tuas esperanças em mim. Eu sou o seu salvador e serei teu guia durante toda a tua vida. Eu vim, porque tu vieste até mim.
Apenas entenda… Em verdade eu não vim. Precisei apenas que olhastes em minha direção. Eu nunca deixei de estar ao teu lado, meu filho.
Fim de tarde
E essa coisa de fim de tarde
Que chega sem fazer muito alarde
Mas que queima, rasga e arde?
Saudade de fazer poesia
Que não seja de saudade
E eu sou todo saudade
Assumo sem a menor vaidade
Não poderia ser diferente
Quando deixam no peito da gente
Um coração que não mais bate
E que nem fingindo consegue ser indiferente
Um dia tudo isso passa – eu sei!
Essa saudade frondosa
Esses versos repetitivos
Essa explosão de sentidos
Um dia tudo isso passa – eu sei!
O coração se conforma
E a esperança renasce
De dentro para fora
Um dia eu talvez acredite:
Ela foi embora
Mas por ora…
É só saudade
Que em solo fértil de mim aflora.
Vida post mortem
Já dissemos tudo
Já dissemos nada
Já planejamos tudo
Já planejamos nada
E nossa roda gigante
Com aclives e declives
Dignos de um conto de fadas
Navegamos por risos e lágrimas
Nunca dantes defloradas
E entre ervas daninhas
Monstros e espinhos
Nos perdemos no caminho
Mas insistimos nesta telúrica
E epopéica jornada
Dissemos não para o sim
E sim para o não
Acorrentados pelos grilhões amor
Quer seja no prazer ou na dor
Edificamos nossas próprias prisões
Cativos de nossos próprios corações
Somos os sobreviventes
Crentes e carentes
Desse nosso mundo real
Em nada imaginário
Que a felicidade nos alcance
Que tudo seja vida post mortem
E que o medo seja esperança
Que sobre em nós a alegria das crianças
Quer seja nas madrugadas fogosas
Ou em para lá de inesquecíveis prosas
Nosso amor é assim:
Nunca talvez!
Há dias que não
Há dias que sim.