Nada de azar
Nada de sorte
Só o que eu preciso
Para construir a minha história
E renascer de mim
Por mim
Por fim.

Eu não disse para as paredes. Eu disse para você.
Eu disse de todas as formas possíveis, em atitudes e palavras, em prosa e verso. Eu disse de todas as formas que eu sabia, de todas as formas que eu sentia, de todas as formas que eu podia e conseguia dizer.
Eu era disco arranhado em 33, 45 e 78 RPMs que só tocava uma única música, e essa música era você.
Eu disse inúmeras vezes e inúmeras vezes mais eu diria, porque dizer me deixava feliz, me fazia bem.
É certo que não fui perfeito, porque sou imperfeito. Mas sempre fui íntegro, genuíno, e nada do que eu disse jamais foi invenção ou exagero. Eu disse o que o meu coração quis dizer, porque ele sempre foi soberano ao seu lado. Dele, eu era só um pau-mandado.
E hoje, eu nada mais posso dizer. Curiosamente, as paredes com as quais nunca falei são minhas testemunhas. Testemunhas mexeriqueiras, alheias às areias do tempo.
Tudo que eu tinha para dizer, eu disse. Só não disse, porque disso só soube agora, que parece não ter fim a vontade de dizer. Dizer ainda é um ato de existência.
Nossas taças de vinho
No frio do inverno,
Nossos corpos nus queimando
Feito mil sóis no verão.
O beijo na boca,
A prisão entre as coxas,
O ritmado ir e vir,
O descompassar do coração.
Lençóis ensopados,
Desejos e impropérios,
Lascívia escancarada,
Peças de roupa pelo chão.
A tontura repetida do gozo,
A entrega sem mistérios,
A respiração ofegante,
Nossos fluidos em ebulição.
Se foi esse o dia mais frio do inverno,
Me diga,
Como sobreviveremos ao verão?
Passei um tempo
Olhando para baixo
Cabeça arriada
Olhos amoados
Sorriso dormente
Peito apertado
Pés no chão
Passei um tempo assim
Tomando coragem
Fazendo cara de paisagem
Com receio de encarar a verdade
Foi um tempo que me dei
Tempo que eu precisava
Para me dar conta
Que o horizonte
Que eu conhecia
Era por mim desconhecido
Eu era uma piada pronta
E de mim só Deus não ria
Salvou-me a fé
E a vida continua
Meus olhos fixos no horizonte
Que ainda hoje desconheço
Mas reconhecer a minha ignorância
Já me parece um grande recomeço.
Acho que há algo que precisa ser esclarecido em relação ao meu blog. Se tornou algo necessário.
Meu blog não é uma espécie de diário. Não começou assim, em determinado momento passou a ser assim, deixou de ser, voltou a ser, deixou de ser novamente, mas sobretudo não é um diário. Se fosse, não estaria publicado na Internet. Seria só meu e estaria criptografado. Ou, na melhor das hipóteses, seria enviado apenas para quem de direito. 🙂
Uso como exemplo uma poesia chamada “Aprendiz“. Foi escrita entre 1997 e 1998. “Noite Cinzenta” foi escrita quando eu tinha 14 anos (estamos falando de 1985)! Há outras que eu já publiquei, removi, e depois publiquei novamente. Há ainda algumas que escrevi, há tempos e recentemente, e nunca publiquei. Talvez publique. Talvez nunca publique. Há outras que acho em pedaços de papel e guardanapos. Há outras ainda que são enviadas para mim por amigos, ou seja, poesias que eu nem lembrava que existiam! E isso se agravou ainda mais agora que eu comecei a postar textos em ordem completamente aleatória no Instagram. Simplesmente escolho os que eu mais gosto e publico. Tanto faz quando foram escritos. Pelo menos para mim, isso não faz a menor diferença.
Quem quiser saber quem eu sou ou o que estou vivendo, é só perguntar. Sair do meu blog achando que sabe da minha vida ou mesmo quem eu sou no dia de hoje é um equívoco. Ler-me dessa maneira é um equívoco. Eu escrevo muito, sempre, e os motivos são diversos. Meus textos valem pelo que eles são e não pela data em que foram escritos.
Está na dúvida? contato@agorababou.com. Melhor do que isso: se tiver meu telefone, me ligue! Mais fácil. 🙂
Fly
You, butterfly!
Get as high as you can
You, fantastic butterfly!
Just fly…
I am bewittled
You are such
A butterfly!
Never wonder
Nor wander
Why
Just fly
You, incredible
You, high
You, invincible
Incredible
Beloved
Butterfly!