O segredo da felicidade é fazer o que se quer independentemente do que os outros vão pensar disso.
E aí? Bora ser feliz? 🙂

O segredo da felicidade é fazer o que se quer independentemente do que os outros vão pensar disso.
E aí? Bora ser feliz? 🙂
Imagine-se em um salão cheio de portas. Algumas abertas e outras fechadas. As fechadas você tenta abrir e não consegue. Estão trancadas. As abertas, cada uma delas leva a um lugar ou a uma situação diferente da sua vida. Levam a seu passado.
Sem saber o que fazer, você olha na parede do salão e percebe que há algumas instruções em um quadro:
“As portas abertas são o seu passado. Não a totalidade do seu passado, mas assuntos que ficaram pendentes na sua vida, muito embora você tenha feito todo o esforço possível para resolvê-los.
As portas fechadas são o seu futuro e novas realidades que o universo está disposto a lhe oferecer.
Observação: é preciso fechar as portas do passado para que as portas do futuro se abram. Não há uma relação direta entre a quantidade de portas fechadas no passado com as que se abrirão no futuro.”
Você se senta no meio do salão, sem saber o que fazer. Revisita as portas abertas. Há uma mistura de apego com saudade em algumas portas. Em outras, pura frustração.
Decide, então, começar por estas. Lembra-se de situações frustrantes, da sua responsabilidade sobre elas e das variáveis que não podia controlar. Tira destas situações lições, e vai fechando as suas respectivas portas, uma a uma. Você nota, inclusive, que uma porta aberta, depois de fechada, não pode ser mais aberta.
Ainda sem entender muito bem o que está acontecendo, você tenta abrir as portas do futuro. Nenhuma delas se abriu. Desconfiado, você volta até o quadro com as instruções e as relê, percebendo que está seguindo a risca o processo.
As portas que misturam apego e saudade são mais difíceis de serem fechadas. Por mais que você as olhe, sente-se impotente e pensa:
“Nossa… Há tantas coisas boas ali naquelas portas… Não sei se consigo fecha-las. Nesta aqui, por exemplo. Amei tanto… Fui tão feliz… Mas ao mesmo tempo, nada de bom acontece nesta porta há muito tempo. O que me faz mante-la aberta é a pena de que não tenha dado tudo certo como eu planejei e o medo de que nada parecido volte a acontecer comigo.”
E assim você se sente diante de todos as portas do passado que permanecem abertas. Tenta abrir as portas do futuro, até para ver se alguma das portas poderia substituir alguma do passado, mas as portas continuam trancadas.
Você volta ao quadro para reler novamente as instruções, mas percebe que elas mudaram. No quadro está apenas uma frase:
“Tenha fé no futuro.”
Sem saber o que fazer, você para diante de cada uma das portas abertas do seu passado e começa a fecha-las. Não todas. As mais fáceis, talvez. Sente um aperto no peito e lágrimas escorrem pelo seu rosto enquanto faz isso. Instintivamente, você tenta reabrir algumas delas, mas elas não se abrem mais. Estão trancadas.
Você sente um misto de desespero, desconfiança, e se sente um idiota por ter confiado em um quadro que muda aleatoriamente o texto que nele está escrito. Sua alma enche-se de medo. Seu coração dispara. Você sente-se enganado.
E depois de passar um longo período refletindo sobre o seu passado, uma semente de uma planta chamada “não tenho nada a perder” começa a brotar dentro do seu coração. E você volta diante das portas que ainda permanecem abertas e vai fechando-as uma a uma, até que se dá conta de que fechou todas.
Tenta abrir, então, as portas do futuro, mas elas permanecem fechadas. Revoltado, você volta até o quadro que agora diz apenas:
“O futuro é seu.”
E você ouve o barulho de muitas portas se destrancando. Todas as portas, tanto as do passado como as do futuro. Não pensa em reabrir as do passado, entretanto. Você já sabe o que há dentro delas. Tenta, então, abrir a primeira porta do futuro e adentra em uma sala cheia de outras portas, que por sua vez, conduzem à tantas outras portas. Nada muito interessante, e você resolve voltar para o salão.
Curioso, você vai abrindo todas as portas do futuro, uma a uma, e em cada uma delas há algo que você sempre desejou ou sempre quis. Algo que voce sempre achou essencial para a sua felicidade. Em uma delas, por exemplo, estava o parecia ser o emprego dos seus sonhos. Em outra, o possível amor da sua vida. Cada porta continha um aspecto importante e não menos relevante na sua totalidade, ao ponto de você não saber qual delas escolher.
Intrigado, você resolve voltar até a primeira porta que abriu. Afinal de contas, por que somente ela parecia não levar lugar algum? E para a sua surpresa, na porta estava escrito FELICIDADE. Você abre a porta e entra para ver se algo mudou, e se depara com o mesmo mundo em que vivia antes, mas com a certeza de que já não carrega dentro de si o peso e as dores do passado. O passado agora permanece dentro de você como memórias e histórias, que não mais doem ou assustam. E você olha para trás e se dá conta de que já não há mais porta alguma. Não há para onde voltar. E em um outdoor todo iluminado, bem a sua frente, um texto que você já conhecia:
“O futuro é seu.”
E então você começa a entender tudo e fala para si mesmo:
“O mundo não mudou, mas eu mudei. Estou pronto para o futuro. O futuro é meu.”
Do teu perfume e da tua maquiagem sutil,
Da cor e do corte do teu cabelo,
Da gargantilha e do pingente,
Da cor das tuas unhas,
Dos anéis e dos dedos,
Das leveza das tuas mãos,
Da pulseira e da bolsa,
Da tua roupa e do teu salto,
Da tua cadeira e do teu sentar,
Da água e do vinho,
Da tua mão segurando a taça,
Do nosso brinde e de seus motivos,
Dos assuntos e das conversas,
Das palavras e das entonações,
Dos segredos e das confissões,
Dos sorrisos e das risadas.
…
Muitas risadas… Todas as risadas…
…
Do prato principal e da sobremesa,
Da vontade de te ter sobre a mesa,
Da vontade de rolar no chão.
…
Do motorista do Uber e do curto trajeto,
Das mãos entre as tuas pernas,
Da calcinha que desapareceu,
Dos teus braços me segurando diante do desafio que eram as pedras portuguesas,
Do boa noite para os porteiros,
Da falta de limites no lobby,
Da ânsia inequívoca do elevador,
Da chave magnética que o paraíso abria,
Da tua nudez de corpo e alma,
Da pressa absurda pelo abrigo e para o perigo,
Das almas de joelho,
Dos corpos no espelho,
Das roupas pelo chão,
Do prazer, do desespero, do gozo e da sofreguidão,
Do caos e da falta de limites,
Dos lençóis inutilizados,
Da tua cabeça no meu peito,
Dos teus e dos meus suspiros,
Da sensação de que ali estava tudo e que era só seguirmos em frente…
…
Quando me perguntam se eu já fui feliz um dia,
É deste dia que me lembro
E corrijo quem me pergunta:
Desde este dia,
Eu sei o que é ser feliz
E a felicidade
É tudo que de ti me lembra.
“Vejam os absurdos que fizeram comigo! Sim, eles! Só não me perguntem (e se souberem ignorem) os meus mal feitos para com eles!”
Há momentos em que é preciso fazer um sincero e pretencioso mea culpa. É preciso olhar-se no espelho, de verdade, e reconhecer-se. É preciso não insistir em narrativas vitimistas, fantasiosas e falaciosas. É preciso parar de tentar defender o indefensável, o injustificável. É preciso olhar para dentro e admitir o dano que foi causado ao outro, ainda que sem querer.
A vida é isso. Não pode se ver como errado e se absolver aquele que não reconhece o próprio erro. Nem aquele que aponta os dedos em todas as direções em busca de culpados, quando deveria ao menos estar apontando alguns dedos para si mesmo. Nem aquele que foi imprudente ou mesmo inconsequente e não admite a possibilidade de ter se comportado de maneira inadequada. Nem aquele que acredita que na sua história, no seu curriculum, não há nenhum mal feito.
É preciso parar de achar que todos os outros são os culpados, menos o eu. Sim, o eu. O eu também erra ainda que de maneira involuntária. O eu não é perfeito e precisa se dar conta disso. O eu não está acima do bem e do mal. O eu não pode apenas querer ser desculpado sem nunca se culpar ou mesmo se responsabilizar para se desculpar em seguida. O eu precisa se colocar no lugar dos outros para entender o que está acontecendo em sua própria vida. O eu precisa saber que a vida é mais do que a percepção que ele tem de si mesmo.
Não, isso não é obrigatório. Nada é obrigatório. Ninguém precisa mudar para deixar os hábitos ruins de lado. Ninguém precisa abandonar as desculpas e as justificativas. Ninguém precisa tentar entender melhor o mundo dos outros e o mundo ao seu redor. Ninguém precisa reconhecer que não é perfeito. Ninguém. Já para ser alguém, é preciso tudo isso.
As pessoas tendem a perder a paciência com os perfeitos, porque sabem que eles não existem. A perfeição é uma afronta para quem possui um mínimo de inteligência. Pior: a perfeição impede que a pessoa seja de fato perdoada. Perdoar o perfeito? Por quê? O perfeito sequer precisa disso. O perfeito só faz o que é certo e está implícito que todas as culpas e responsabilidades no transcorrer de sua vida são dos outros, sempre.
Sim, tem a ver com humildade. Tem a ver com baixar a guarda. Tem a ver com procurar o diálogo. Tem a ver com o “eu queria entender o porquê de você estar assim comigo”. Tem a ver com o “será que eu fiz algo tão grave e não percebi?” Tem a ver com o “será que eu dei motivos?” Tem a ver com reconhecer que a realidade vista pelos olhos dos outros pode ser diferente da que se imagina. Tem a ver com reconhecer uma eventual miopia. Tem a ver com querer resolver em definitivo os problemas. Tem a ver com se tornar humano, imperfeito, e justamente por isso merecedor do perdão, da compaixão, de amparo, de auxílio.
Escrevi esse texto me olhando no espelho. Continuo imperfeito, graças a Deus (esse sim, perfeito)! Feliz assim. E você?
De onde menos se espera, quando menos se espera, acontecem coisas incríveis! ❤❤❤
Que 2022 seja um ano cheio de surpresas incríveis na sua vida! Muita saúde, muita paz, muita felicidade, muita vida, muito crescimento, muito aprendizado. Enfim… Muito de tudo de bom que a vida puder te dar!
Que Nosso Senhor Jesus Cristo e a Virgem Maria, em nome de Deus, nos abençoem!
É muito bom ter vocês por aqui! Muito obrigado mesmo! Até 2022!
Beijos,
Fabio Ottolini
P.S.: A pandemia ainda não acabou! Evitem aglomerações e divirtam-se com responsabilidade.
Momento 1: Em casa, fazendo e comendo pastéis (queijo e presunto) e tomando cerveja industrializada.
Momento 2: Na rua, comendo pastéis (camarão) e tomando cerveja artesanal.
Um momento mais simples e um momento mais chique. Qual dos dois eu prefiro? Os dois! Na verdade, tanto faz.
Aprendi que não importa o lugar, a marca, o tipo, o preço… Aprendi que estar bem é o que faz toda a diferença. Há sempre motivos para ser feliz.
Aproveito esta postagem para convidar você a ser feliz em toda e qualquer circunstância. Aceita o meu convite?
Um brinde! Saúde! 🍻🍻🍻
Todos nós temos histórias tristes para contar, até mesmo os que são felizes. Porque não são as nossas histórias que definem se somos felizes ou não, mas sim como nós contamos (até para nós mesmos) estas histórias.
Porque ser feliz não é opcional.
E na vitrola, Bach: Cello Suite No. 1 In G Major, BWV 1007: I. Prélude
Eu vejo muita gente falando da responsabilidade associada à parternidade, que de fato é muito grande. Afinal de contas, você se torna responsável direto por um indivíduo que literalmente precisa de você para viver, para sobreviver. Só que para mim, ser pai é bem mais do que isso: ser pai é ser feliz!
Quando eu vejo a minha filha crescendo, se tornando uma moça, e ainda assim me tendo como referência e me considerando seu grande amigo, tudo faz sentido. Ela é um pedaço de mim que vai adiante e que espero que seja uma melhor versão de mim.
Percebem o poder disso? Não é o poder sobre a criança! Pelo contrário! É o poder de dar poder para a minha filha, de maneira que ela seja independente, confiante e muito, muito feliz. Não é só sobre dizer sim e comprar comida ou roupas. É sobre dizer o não e ser firme na transmissão de valores, idéias e pensamentos. Não é educa-la para ser como eu, mas para que ela tenha todos os mecanismos necessários para se desenvolver e ser um indivíduo único, pleno e consciente de suas capacidades e limitações.
Se isso é fácil? Claro que não! Aliás, é bem difícil. É preciso passar adiante a minha melhor parte. É preciso não errar onde eventualmente meus pais, tentando acertar, erraram comigo. E aí está um ponto chave: eu precisei me conhecer profundamente para melhor lidar com a minha filha, o que equivale a dizer que a minha filha me fez um homem melhor.
E que fique claro que não faço isso pelas luzes da ribalta. Pouco me importa o que acham do que estou fazendo. Já fiz inúmeros sacrifícios por minha filha. Já fui julgado e condenado por esses sacrifícios. Só que isso não importa… Eu sou pai para a minha filha e desde que ela veja em mim um porto seguro, todo e qualquer sacrifício valeu e vale a pena.
Hoje é Dia dos Pais. Dia que eu conquistei e conquisto todos os dias. Minha filha, logo antes de dormir, me desejou um Feliz Dia dos Pais. Não é preciso ganhar um presente ou algo assim. A vida dela é o meu presente e a felicidade dela o meu maior triunfo.
Muito obrigado, minha querida Sophia! Já são 11 anos comemorando essa data! E que Deus me permita comemorar muitas datas como essa com você. Eu me orgulho muito de você e VOCÊ ME FAZ FELIZ.
Desde pequeno, sempre gostei de dar presentes. Gostava mais de dar do que receber. Não sei exatamente o porque, mas sentia e ainda sinto um prazer intenso quando consigo levar um ou mesmo vários sorrisos ao rosto alguém.
Presentes não são necessariamente bens materiais. Podem ser afagos, palavras de conforto, ouvidos atentos, abraços, beijos, etc. Só que com o tempo, percebi que verdadeiramente o maior presente que eu poderia oferecer seria estar de fato presente na vida das pessoas, compartilhando com elas momentos bons, momentos ruins… Compartilhando a vida.
E depois que se passou mais tempo, eu acabei percebendo que não é por ser um presente que necessariamente agrada. Há quem não queira ou não goste dos meus presentes. Há quem os rejeite. Há quem os despreze. Há quem ria deles. E nem por isso deixam de ser presentes. Eu sei o que há no meu coração quando presenteio. Eu sei bem o que quero e sinto quando presenteio, e isso é algo que está sempre em mim.
Confesso que cheguei a questionar essa minha “mania”. E hoje, depois de ter passado mais tempo ainda, percebi que durante a minha vida inteira eu não estava presenteando somente os outros, mas também a mim. Tudo que eu dei de presente eu sempre recebi de volta em dobro, quer seja de forma direta ou indireta, independentemente da reação de quem recebeu os presentes. E assim eu permaneço fiel ao meu propósito. Fiel ao que há de melhor em mim.
De fato, eu nunca dei presentes. Eu sempre me dei, sempre dei parte de mim e sou muito feliz assim. Mais ainda, agradeço a Deus por ter me feito desse jeito. Eu gosto de ser assim.