Fosse só mais uma, mas é a uma
Será que disso se esqueceu?
Fala como se fosse substituível, esquecível
Quem lhe deu esse direito?
Repete o que eu disse sem me deixar esclarecer
Isso gera algum proveito?
Abusa, confusa, e rotula de devaneio, de surreal
E não é real o clamor de nossas almas e o fogo em nosso peito?
Fala coisas lindas, indescritíveis, do fundo de seu coração
Imagina a saudade que assola meu leito?
E eis que fico em silêncio –
Não por querê-lo –
Mas por receio
De dar qualquer palpite
De alguma forma
Parece que tudo que eu pense
Tudo que eu diga ou faça
Pode ser usado contra mim
(até esse próprio texto!)
E eis que fico em silêncio
Mas sinto – e como sinto!
A sua ausência, a sua presença distante
E uma saudade tão grande que não cabe em mim.

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