Algumas vezes
É preciso doer como nunca
Para que não doa para sempre
A vida é assim
Nos altos e nos baixos
“Nas favelas, coberturas,
Quase todos os lugares”
Não importa a idade
Ou se é cedo ou tarde:
Ir ou deixar de ir
Decidir ou não decidir
Tudo é ou gera
Uma implicação
Sob a qual versam versos vivos
Que carecem de explicação
É para ser sobre o hoje
E nunca sobre o amanhã
Que soa deveras infinito
Mas que pode não acontecer
Pode não vingar
Pode não ser
A contagem regressiva para a morte
Inexorável, invisível
Foice que alguns deixam
Ao relento
E quando chega
Em um único corte
Foi-se
Independentemente
Do querer ou não
Foi esta a sua sorte.