“História não é decorar que Hitler matou 6 milhões de judeus. História é entender como milhões de alemães comuns foram convencidos de que isto era necessário.
História é aprender a identificar os sinais de uma história se repetindo.” – Autor desconhecido (se você souber quem é, me avise)
Longe das palavras, Longe das poesias, Senti na minha boca O cheiro Que somente a ti Pertencia.
Não me dei conta Naquele momento, Naquele lugar, Que as águas Que eu estava A navegar Eram de fato De outra fantasia.
Até que ela me perguntou Se dela eu no futuro Me lembraria, E foi aí que me lembrei De que para ti Também disse Que não me esqueceria.
E na inocente sinceridade Que a ti eu devia Calei a sua boca Como pude Sem qualquer pudor, Inibição, Ou hipocrisia.
Talvez eu a ela Ainda responda Não hoje – Defintivamente não hoje – Posto que o seu mel Da minha boca Ainda escorria Quando fui-me embora Prometendo voltar Amanhã Ou qualquer outro dia.
Entre o esquecer E o lembrar, Minha boca Permaneceu calada, Mas chocou-me Não ser mais teu O cheiro que Inebriava minha alma E somente de ti Verdadeiramente resplandecia.
Fala que não vai amar de novo. Jura que não vai se entregar mais uma vez. Diz que não quer nada sério. Faz promessa e tudo mais. E chega a vida, que não tem nada a ver com isso, e fala assim:
– Parou com a crise existencial? Tá aqui, ó…
E vira adolescente. Solta fogos por dentro. Volta a sonhar. Compra flores e bombons. Faz cartão. Escreve poesia. Faz juras de amor. Se entrega mais uma vez…
É possível viver sem amar? Talvez, mas as melhores histórias são as histórias de amor. Não viver essas histórias, quantas forem necessárias, é um grande desperdício. É deixar um monte de páginas em branco no livro da vida.
Todos nós temos histórias tristes para contar, até mesmo os que são felizes. Porque não são as nossas histórias que definem se somos felizes ou não, mas sim como nós contamos (até para nós mesmos) estas histórias.
Há tantas poesias e tantas memórias, Tantas histórias que fazem o fim Não ter fim.
E eu tinha medo disso. Medo de ser consumido pelo passado, Pelas recordações, Pelos momentos muito mais do que felizes Que vivemos juntos.
Hoje, não mais.
Aprendi tanta coisa, Experimentei tanta coisa, Vivi tanta coisa boa, Cresci tanto a teu lado… Como posso ignorar isso?
O fim foi estranho – Sabemos disso. Foi um fim sem fim, E assim, precisei criar um, E nele você foi abduzida por ETs.
Talvez eles estejam fazendo experimentos E estudando o seu DNA, Mas os ETs gostaram tanto de você – Feito eu – Que decidiram não te devolver. Eu também não devolveria, Confesso.
Talvez você esteja me vendo de onde está, Mas isso não importa. A menos que os ETs tenham lavado sua memória, Sei que lembra das coisas como eu me lembro, E isso que é o importante: Mesmo ausente, ser presente na vida de alguém.
Que os ETs cuidem bem de você. Você merece e sim, eu sei: Você não é mais do meu mundo.