O inconformismo
Que tantas vezes me bateu à porta
Fez-me bater na porta
Até eu bater a porta
Para nunca mais abri-la.

O inconformismo
Que tantas vezes me bateu à porta
Fez-me bater na porta
Até eu bater a porta
Para nunca mais abri-la.
Esqueci meu juízo
Em algum lugar
Nao sei se tento
Ao menos procurar
Pois tanto faz perder
E tanto faz achar
O que de nada me serve
Deixa essa merda pra lá!
Há mel em seus lábios
Teu corpo inteiro em chamas
Cheiros e gostos incomuns
Especiarias que em mim derramas
De onde vem esta loucura
Que nos fulmina na cama
Só para ressurgir instantes depois
Ainda mais colossal e insana?
Acho melhor nem tentar entender
Já se tornou repetitivo
O nosso agora ao futuro pertence
Somos eterno aperitivo
E se tu tentares resistir
Deixo-te logo este aviso
Sim, sempre fazemos amor
Mas fodo teu corpo, tua alma e teu juízo.
A verdade é que te pedi uma carona
E esqueci de perguntar para onde ias
E agora que aqui estamos
Perguntas para mim
Para onde é que nós vamos?
Não sabemos nem onde estamos!
E esse “nós” veio de onde?
Estavas mal intencionada
Permita-me dar uma gargalhada!
Não é mais fácil assumir
Do que simplesmente fingir
Que nos perdemos na estrada?
Sim, melhor darmos uma parada…
De agora em diante, eu dirijo
E desde logo já aviso:
Já que nos falta rumo e juízo
Será infinita essa jornada.
Não fosse a quantidade de roupas
Que rasguei para despir-te
Eu juro que nem me lembraria
Do frio que lá fora acontecia
Da próxima vez
Um sobretudo sobre nada
Quem sabe?
Pois não quero causar-te
De maneira alguma
Grande prejuízo
Apenas rasgar, picotar e sublimar
O teu juízo.
Se a vida é uma caixinha de surpresas, de que adianta ir dormir pensando em como será o dia seguinte? Apague. Relaxe. Não fique pensando nas possibilidades e em suas respectivas probabilidades. É perda de tempo. Perda de horas de sono. Em alguns casos, até perda de juízo.