É procurar no amor alguma certeza ou razão
É amar com um pé atrás
É amar com os pés no chão
É viver de aparências
É aparentar ser
É nunca ser nem causa e nem consequência
É prender o cabelo quando bate o vento
É não sair de casa porque acabou o filtro solar
É fazer cálculos a todo momento
É abraçar sem encostar o peito
É beijar sem usar a língua
É tentar fazer amor e não sentir qualquer efeito
É o poema vazio e plasticamente correto
É virar a cara para a “cara metade”
É achar erro no que está certo
É o quase, o quem sabe e o talvez
É viver a vida em marcha lenta
É querer entender todos os porquês
É matar o desejo e o sonho
É viver o tempo todo sorrindo
Com o coração sempre tristonho
Mas
Acima de tudo
A mediocridade é uma escolha:
É como ter em mãos uma preciosa garrafa de vinho
E nunca sacar a sua rolha.