Hoje, reparei nas nuvens
Há tempos não fazia isso
Céu azul de inverno
Nuvens como se fossem de algodão
Sendo levadas pelo vento
Deixou-me curioso a sua leveza
Enquanto nuvem, à mercê do vento
Indo como se soubesse a direção
Ignorando sua própria existência
Seu motivo e razão
Nuvens claras nos dias de sol
Escuras nos dias de chuva
Livres
Felizes
Indo para não se sabe onde
E pensei que eu também gostaria de ser nuvem
Eu queria ir…
Ir…
Mundo afora, sem porque ou motivação
Descobrir aonde o vento faz a curva
E ser insubstancial, nada urgente
No inverno e também no verão
Mas há quem nasça para ser nuvem
E há quem nasça para ser vento
Eu sou vento!
Da brisa suave
Até qualquer grande tormenta
Eu carrego
Eu levo
Eu movo e removo
Eu faço o que tiver que ser feito
Eu simplesmente não me contento.
