Que o vento frio do inverno não nos impeça de sentir o fogo que há em nossos corações. ❤❤❤

– Se tu me amas, oferece AGORA o que de mais valioso tu tens!
– Mas já estou oferecendo!
– Como assim? Não vejo ouro, prata, diamantes… Do que falas, afinal?
– Ah! Minha amada… Falo do que não podes ver! Falo do intangível, do impalpável, do impagável, do imperecível! Falo do ouvido atento, dos beijos que te dei em pensamento… Falo dos abraços que inquestionavelmente e incondicionalmente te abraçam, da saudade que transformo em prece ou em ode pela tua vida, pela tua felicidade… Falo do que faço quando não estou diante de ti ou mesmo diante dos que nem sabem que tu existes… Falo da minha existência, da minha consciência e de tudo – de todas as coisas – que me fazem ser teu… Falo de um amor que transcende tempo e distância, de uma vida que, mesmo sendo minha, também é tua… Falo dos sonhos, que tenho por ti e por mim… Falo dos sorrisos que me roubas sem saber que o fazes… Falo do desejo e do fogo que aquecem meu corpo, das fantasias que só podem ser realizadas por ti… Falo de eu te achar a mais linda de todas, ao ponto de achar que as outras sequer existem… Falo do tempo que nunca mais volta, e de todas vezes que, diante das maiores tempestades e infortúnios, eu conscientemente te escolhi… Falo de mim, como se eu fosse parte de ti… Ah! Minha amada… Isto é tudo que tenho para te oferecer, e falo com meu peito aberto e meu coração em tuas mãos. Eu te amo. Esse é o ouro, a prata e os diamantes que tenho a oferecer.
Em geral, aqueles que acreditam que as pessoas e os fatos orbitam a sua volta, no entorno do “eu”, costumam se dar conta de que um “nós” é possível apenas quando este já não existe ou perdeu o sentido de existir.
Eu estive nas entranhas do seu corpo
Quis o destino que nossos sonhos
De carne e osso
Se materializassem
E criassem esse grande colosso
Do que falo?
Repare no seu corpo enquanto falo
Repare no meu corpo enquanto falo
Não é controlável
Não é domável
É selvageria de dar gosto
Como é quando se lembra de mim
E não estou por perto?
Eu sei… Parece loucura
Mas essa sincronicidade
Sem limites
É brutalmente real
Como dentro, assim fora
Assim aflora
Ora lógica difusa
Ora lógica nítida
Ora réu que a todos acusa
No lugar de nossos arquétipos
Desejos e sonhos reais
Manifestação de seres racionais
Que descobriram que o descoberto
Não era suficiente, pelo contrário
Os deixava inquietos, boquiabertos
Deliciosamente incertos
Na busca do que transcende ao eu
E os sublima em nós
Quando estamos a sós
Diante de nós mesmos
Quem é o comandante desta nau?
Entenda… Não há comando
Esse é o desafio
Estamos à mercê do vento
Eufemismo dos nossos pensamentos
Que se revelam em segredo
Quer seja no início do dia
Quer seja no meio da noite
Sabemos como desenrola-se tal enredo
Inapropriadamente perfeitos
Inadvertidamente direitos
Pura e perfeita confissão
Somos tempestade, raio e trovão
Desejo, amor e paixão
Existimos somente na nossa sanidade
Que faz questão absoluta de emergir
Para nos mostrar que nunca
Absolutamente nunca
É tarde para existir.
Nem em uma vida inteira
Serei capaz de contar
Todos os detalhes
De um segundo vivido
A seu lado
Eu me lembro bem
O tempo parava…
Pena que o tempo
Não parava
De verdade
Só nós éramos
De verdade
Só nós somos
De verdade
Só nós
A verdade
Hoje
Sinto falta do tempo
Que eu não senti
Que passou
Quando eu estava
A seu lado
Que o tempo
Devolva-se
E devolva-me
E devolva-te
E devolva-nos:
Esse tempo é nosso.