Só sei do que sentes
Porque entre um orgasmo e outro
Tua mente não faz mais nada
Além de se despir
Não que teu corpo nu revele pouco
Mas nunca quis só isso
E sabes bem disso
Pois minha mente para ti está sempre despida
O que eu quero tens por dentro
Mistura de perfume e veneno
Que aprendi a degustar, saborear
E que por por mais que eu me acostume
Queima-me sempre –
Onde jaz meu sistema imune?
Pudera…
Até eu estava cansado do meu azedume
Eu já não sentia graça como de costume
E tu estavas lá – Onde?
Nem eu sei
Mas me chamavas para voltar
E eu vim a força –
Na tua força, já que eu não tinha
Nada além do insuficiente
Para carregar minha carcaça carente –
Ardente, água ardente, aguardente
Sedento por amor, por vida
Vivo…
E ainda assim, castigo!
Longe ou perto, tanto faz
Sempre completamente despidos
Corpos e almas unidos
Por alianças e sonhos
Avassaladoramente eternais.