Por não ser orgulhoso
Fui lá e fiz
E mesmo sem ter alcançado
O que me propus a fazer
Enchi-me de orgulho
Orgulho de mim mesmo
Por mim e para mim
E continuo –
Hoje –
Cheio de orgulho
Nunca orgulhoso.
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7 – Orgulho
Sim!
Tenho muito orgulho de mim
Não
Eu não mereço tratamento especial
E não me vanglorio do que já fiz
Mas dentro do meu coração
Bem lá dentro
Tenho orgulho do que sou e do que já vivi
Não esmoreço
Nunca esmoreci
Diante do ódio
Levei o amor
Diante da discórdia
A união
Nem de longe
Um São Francisco de Assis
Apenas mais um na multidão
Tentando encontrar seu caminho
E essa minha fé gigante
Tamanha
Em Deus
Na vida
É meu escudo para ser
Muito mais forte do realmente que sou
Gosto disso:
De ser como sou
De saber que sempre lido com a verdade
Em busca da felicidade
Minha e dos outros
Eu sou assim!
E de vez em quando fraquejo…
Meus olhos lacrimejam
Meu coração dói
Minha alma também…
É esse o preço
De quem nasceu do avesso
Visceral
Para não morrer
Até mesmo depois do fim.
Só amor
Queria eu que fosse só bobagem
Queria eu que fosse só capricho
Queria eu que fosse só orgulho
Queria eu que fosse só poesia
Queria eu que fosse só barulho
Queria eu que não fosse
Só amor.
Motivo de orgulho
Como poeta amador, de vez em quando consigo criar algo que consegue resistir as minhas críticas mais ferrenhas.
É o caso de uma estrofe de uma poesia chamada Maldade. Sem perceber, meio que na base da tentativa e erro, acabam surgindo versos atemporais. E sim, isso dá muito orgulho.
Saudade,
Sim! Muita saudade,
De tudo o que fomos,
Pois o que somos,
É pouco, muito pouco,
Quando dizemos que o amor está morto,
Muito antes dele morrer.
Que Deus me permita ainda criar muitos versos como esse! Fica a sensação de dever cumprido. E que assim seja.
Cova rasa vermelha
Ao fundo ouço os gritos
São de falta de esperança
Sei que não são de dor ou fome
Eles não saberiam gritar por isso
Nunca deixaram de sentir dor
Nunca deixaram de sentir fome
Não conhecem o oposto disso
E na carência ou ausência de tudo
Eis que surge este deus imundo
Que lhes faz promessas sem dó
Esse ser infernal
Que coaduna todo o mal
Não é nem de longe Lúcifer
Mas se acha mais que o tal
De vermelho, acena destemido
Sabe que depende do sangue
De quem jura defender
Mas em seguida os fazer morrer
Pois são mero mal necessário
E no meio dessa lambança
Onde está de fato Deus?
Leva para longe essa praga
Que assola os filhos teus!
E Deus, em seu tempo, responde…
Em vermelho, agonizará pela eternidade
E nem mesmo no inferno
Terá a sua imortalidade
Pois nem Lúcifer o quer por lá
Será no meio dos que gritam
Em praça pública, nas ruas
Diante dos mesmos que quis
Sempre quis
Enganar
Será lembrado para sempre
Pelos que contra ele lutaram
Como adversário covarde
Puto, imbecil, salafrário
Sindicado será por Nosso Senhor
Que não quer cargos ou salários!
Quero ver a tal coragem
Quando do fundo da sua alma
For extirpado seu orgulho
E seu nome, feito entulho
For depositado em uma
Cova rasa.
Noites bem dormidas
São tudo que não tenho
Desde que te conheci
Sinto orgulho…
Macheza…
Até que combinam comigo
Essas benditas olheiras
Não me permita mais dormir.