Na medida em que a noite passava
Em penúria absoluta de repouso
E que em posição fetal
Meu corpo se confortava
Uma anjo de carne e osso
Tomou-me em seus braços
E despertou-me de mim
Em seus beijos e abraços
E diante deste alvoroço
Meu corpo e alma acalmaram-se
Após um dia para lá de insosso
Impávido levantou-se, então
O adormecido colosso
E hasteou sua bandeira
Lembrando-me:
Também ser de carne e osso
E desde então
As noites não são mais
Um agonizante estorvo
E você, meu angelical corvo
Resgatou-me do mundo dos mortos
Onde havia pilhas e mais pilhas
De putrefatos corpos
Que morreram na espera
De um anjo redentor
Morreram, de fato
Esperando…..
Esperando……….
Esperando…………….
Por amor.