Eu escolho ser feliz

Quando você está mal, tanto faz o que está materialmente a sua volta.

Eu já chorei dentro de uma Mercedes. Eu já ri dentro de um Fusca.

E se alguém me perguntar, a resposta será sempre a mesma: eu prefiro ser feliz, ainda que seja a pé.

Inconveniente

Falta-me inspiração
Porque nada me falta
Ou se me falta algo
Disso não me dei conta

Sinto-me estranho:
Sinto falta de sentir falta

Pois bem…

A plenitude e eu
Somos péssimos amigos
E ela só me visita
Quando eu não a procuro
E teima em aparecer
Quando não é chamada

Abusada!

Mas já que chegou do nada
Toma comigo um café
E aproveita a sua estada
Prometo trata-la bem
Ainda que não seja minha convidada.

Vim trazer verdades 2

Você será SEMPRE julgado. Ponto.

Por quem você conhece e por quem você não conhece. Vão julgar tuas atitudes, tuas decisões, e tudo mais que aconteça na sua vida. Não serão justos, eu adianto. O julgamento será tão cínico ao ponto de ser baseado no mais puro e iletrado achismo.

Frases como “Eu sei o que é melhor por você”, “Vai por mim” e chantagens emocionais de todos os tipos apenas objetivam o controle direto sobre a sua vida. Mas sabe quando você coloca a cabeça no travesseiro? Sabe quando você pensa em como gostaria de estar em 5, 10 anos? Sabe quando você tem uma imagem clara do que te faz feliz? Sim, você sabe. Só você sabe.

E as pessoas que te julgam, de uma maneira ou de outra, pouco se importam com a tua felicidade, porque sequer entendem as tuas necessidades mais básicas enquanto indivíduo. Querem que você seja um espelho do que elas são e nada além disso. Então, vamos combinar uma coisa? Escute os outros, mas escute principalmente a você mesmo. Garanto que na hora de tua morte você não vai pensar no julgamento dos outros, mas sim no beijo que não deu, na pessoa que você deixou ir, na viagem que você adiou, e em tudo mais que foram sonhos verdadeiramente teus. Teus e de mais ninguém.

nao-importa

Coisas que aprendi

  • Nada do que eu tenho é verdadeiramente meu. Isso inclui a família, amores, amigos, bens materiais e até mesmo meu corpo, minha vida. Tudo me foi emprestado pelo universo e pode ser retirado de mim a qualquer momento. A única exceção para essa regra são meus sonhos e os momentos que vivi, posto que fazem parte das minhas memórias, da minha alma, da minha essência.
  • Não faço nada esperando algo em troca.
  • Não julgo, mas tenho opinião. Estou sempre aberto ao diálogo, independentemente de quaisquer circunstâncias.
  • Não culpo. Os desafios da vida dos outros merecem e devem ser respeitados.
  • Não me vendo.
  • Tento sempre surpreender. Não quero ser mais um na multidão.
  • Quem eu amo, eu amo de verdade.
  • Acredito que expectativas geram frustrações. Não espero nada de nenhuma situação. Reajo com naturalidade diante de qualquer resultado.
  • Nem sempre entendo o que acontece. Quando não consigo encontrar uma razão, aguardo, espero. A vida é feita de múltiplas páginas e capítulos.
  • Desapeguei-me de tudo e de todos. Amo incondicionalmente, na certeza de que amar é a minha própria recompensa.
  • O que for meu virá em minha direção sem que eu tenha que fazer força. Se tiver que forçar, é porque não é meu. Não se trata de não lutar por aquilo em que acredito, mas de saber que para tudo há um limite.
  • O medo é uma faca de dois gumes. Para os sábios, é uma chance de pensar na melhor maneira de lidar com uma situação. Para os tolos, uma justificativa para nada fazer.
  • Perdôo sempre e incondicionalmente. Entretanto, não permito que minha capacidade de perdoar seja confundida com permissividade.
  • Jamais me vingo ou penso que a vida irá vingar-se por mim. Cubro quem o feriu com o manto do perdão.
  • Sou paciente, mas sou sujeito ativo de minha história. Sou o único responsável pela minha felicidade.
  • Sou forte com os impiedosos e covardes. Doce com os humildes, com os que precisam de ajuda.
  • Procuro ser o porto seguro na vida das pessoas.
  • Amo-me e não aceito ser backup ou opção na vida de ninguém.
  • Dou importância a quem me dá importância.
  • Não culpo os outros pelas minhas escolhas. Boas ou ruins, eu assumi o risco.
  • Confio em atitudes. Nunca em palavras.
  • Medito. Penso sobre meus problemas. Aprendi a confiar na minha intuição.
  • Espero o momento certo, mas não espero para sempre.
  • Sou bom, mas não perco um segundo que seja provando isso para ninguém.
  • Sou disciplinado e estou preparado para alcançar aquilo que desejo. Grandes recompensas advém de grandes esforços.
  • Mostro o caminho para quem precisa de ajuda, mas lembro-me sempre que o caminho dos outros não pode ser trilhado por mim.
  • Sorrio sempre. Esse é o meu ângulo mais bonito para as fotos e para a vida.
  • Depressão é excesso de passado. Ansiedade é excesso de futuro. Vivo o presente. É só ele que importa.
  • Estou por inteiro em toda e qualquer situação.
  • Não deixo que as atitudes dos outros mudem a minha essência. Minhas atitudes são o que me definem.
  • Faço pelos outros e para os outros aquilo que gostaria que fosse feito por e para mim.
  • Não finjo ser o que não sou por motivo algum.
  • Não preciso ser aceito. Eu me aceito.
  • Sou único, cheio de qualidades e defeitos. Valorizo-me e justamente por isso mudo o que considerar inadequado.
  • Nunca nego nenhum tipo de sentimento, seja ele positivo ou negativo. Vivo-os intensamente. Todo sentimento traz lições importantes.
  • Arrependo-me. Peço perdão. Faço isso de coração, mas não espero que se sensibilizem com minha mudança.
  • Agradeço por tudo. A vida é um eterno aprendizado. Cada pequena interação é uma chance de aprender algo novo.
  • Vivo intensamente. O tempo não para e a vida é muito curta. Transformo meus sonhos em realidade.
  • Não temo a morte. Temo não viver a vida.
  • Estou sempre disposto a aprender e a mudar de opinião se necessário for.
  • A vida é uma montanha russa. Estou aqui de passagem, e é melhor aproveitar ao máximo essa viagem. Há beleza e ensinamentos nos altos e baixos da vida.
  • Para cada porta que se fecha, milhares de outras se abrem. O universo conspira a meu favor. Portanto, não olho apenas em uma direção. Aquilo que desejo pode estar em uma direção diferente da que estou focando.

P.S.: Não tenho dúvidas do que outros, muito mais sábios do que eu, já disseram tudo isso antes de mim. Entretanto, achei importante compartilhar.

 

Valorize-se!

Valorize-se e reconheça quem te valoriza. Essa é uma regra sem exceção.

Não importa se você é preto ou branco, gordo ou magro, alto ou baixo, rico ou pobre. Você é único. Você sabe fazer coisas que só você sabe. Aliás, você é o ÚNICO no mundo que é você.

Valorize-se! Dinheiro nenhum no mundo é capaz de fazer alguém igual a você. E sim, sua presença é importante para muitas pessoas. Prefira estar sempre rodeado delas, principalmente daquelas que sentem como se o tempo parasse quando você está por perto.

Valorize-se! Peça desculpas quando tiver que pedir. Aceite um pedido sincero de desculpas. Sinta o que tiver que sentir (medo, dor, angústia, alegria, felicidade, prazer), lembrando sempre de respeitar o espaço do outro. Quem se valoriza, valoriza o outro também, pois sabe que este também é único. E não tenha medo, NUNCA, de expressar seus sentimentos. Quem se valoriza sabe que seus sentimentos devem ser valorizados.

Valorize-se! Seja empático. Espere empatia. Seja gentil. Espere gentileza. Seja altruísta. Espere altruísmo. Seja generoso. Espere generosidade. Tenha compaixão. Espere piedade. Distribua sorrisos. Espere felicidade. Faça-se especial. Espere, quando estiver distante, que sintam saudade.

Valorize-se! Reconheça que você não é perfeito, e entenda que seus companheiros de jornada também não são. Aceite-os, ajude-os, compreenda-os. Não julgue. Observe. Aprenda. Se torne melhor. Na pior das hipóteses, valorize-se ainda que você seja ou se ache um diamante bruto, que precisa ser devidamente lapidado. Quem se valoriza de verdade, está sempre pronto a aprender a como ser melhor do que já é.

Valorize-se! Porque se você não fizer isso, ninguém vai fazê-lo por você. Liberte-se do medo de se valorizar, e viva uma vida plena, para deixar um rastro de autenticidade e saudade quando você se for desse mundo.

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Felicidade: uma externalidade positiva

A plenitude de nossa felicidade é inversamente proporcional a nossa capacidade de tentar prever ou matematizar o futuro e diretamente proporcional a nossa capacidade de assumir riscos, até mesmo desconhecidos, de braços abertos

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Em busca do EU perdido

Seu cônjuge gosta de falar palavrão?
Fale também! Por que não?

Seu cônjuge acorda cedo?
Acorde cedo também! Por que não?

Seu cônjuge não come carne?
Não coma carne também! Por que não?

Seu cônjuge não bebe?
Não beba também! Por que não?

Seu cônjuge não tem religião?
Esqueça da sua também! Por que não?

Seu cônjuge não quer ter filhos?
Não os queira também! Por que não?

Seu cônjuge ama o PT?
Ame-o também! Por que não?

Quando A e B se conheceram, A comia carne e B não. Para se aproximar de B, A resolveu parar de comer carne também. Não parou por convicção, por conta de querer proteger os animais ou por achar que faria bem para a saúde. Parou simplesmente para agradar B.

Eu poderia listar um número quase infinito de concessões, em pequeno ou maior grau, que muitos cônjuges fazem para agradar o outro, mas creio que essa lista já é suficiente para ilustrar o meu ponto.

individuo

Quando A e B se apaixonaram, A e B eram pessoas diferentes. Eram INDIVÍDUOS, e por detrás de indivíduos está o conceito de INDIVIDUALIDADE, que não pode ser perdido no casamento ou em uma união estável de qualquer natureza. Por que? Porque no longo prazo não funciona! Simples assim.

Notem que não estou falando de escolhas conscientes e acordadas entre os dois: não vamos viajar esse ano, porque nosso objetivo é ter uma casa própria. Por detrás de uma escolha consciente, o conceio de indivíduo e individualidade permanecem intactos.

Os exemplos que citei, que em um primeiro momento parecem inofensivos, ao longo do tempo fazem com que o indivíduo perca a sua individualidade, e se torne igual ou muito similar ao outro. Muito bom, não é mesmo? NÃO! Isso é absolutamente terrível! Por que? Porque A e B se apaixonaram como indivíduos, e quando essa individualidade se acaba, pode ser que a própria relação se acabe. O motivo é simples: no intuito de agradar ao outro, o que primeiramente uniu o casal simplesmente deixou de existir. A individualidade é um dos princípios de qualquer relação.

Há  três possíveis fins para relacionamentos desse tipo:

1) A e B, quer seja por questões morais que lhes foram passadas ou por qualquer outro motivo, vivem uma vida bem abaixo de sua plenitude. Se confrontados, dirão que fazem isso por suas famílias. Perderam por completo a noção do EU. No fundo, se sentem frustrados de maneira que não conseguem explicar. Culpam o destino, karma, conjunturas políticas e econômicas, etc. Se esqueceram tanto do EU que são incapazes de olhar para dentro!

2) Seguindo o exemplo da carne, A fez todos os tipos de concessão para B no sentido de “ser aceito”, “evitar brigas”, etc. A deixou de ser EU, e portanto esqueceu-se de sua própria felicidade e vontades. E para surpresa de A, B um dia chega para A e diz: “Acabou! Não reconheço mais você! Você não é a pessoa pela qual me apaixonei!” Vira as costas e vai embora. E A, depois de 10 anos ou mais de concessões, sente-se completamente perdido, sem saber o que fazer da vida, e culpando-se por não ter feito mais para que B não fosse embora. Percebem o caso clássico do feitiço virando contra o feiticeiro? Deixando de lado o julgamento do mérito da ruptura, fato é que A vai precisar reencontrar o próprio EU, e enquanto este não for encontrado, viverá relações destrutivas de todos os tipos.

3) Tamém seguindo o exemplo da carne, A fez todos os tipos de concessão para B no sentido de “ser aceito”, “evitar brigas”, etc. A deixou de ser EU, e portanto esqueceu-se de sua própria felicidade e vontades. Entretanto, diferentemente do que foi citado acima, A começa a perceber que deixou de ser EU e angustia-se. Começa a perceber que anulou-se durante anos por conta de um alguém que muitas vezes sequer reconheceu seu valor. Sobe-lhe um sopro de vida que assusta e que é ao mesmo tempo irresistível. E então, A resolve recuperar o tempo perdido, e muitas vezes vê em B o seu algoz, muito embora a responsabilidade sobre sua felicidade seja inteiramente sua. “B, estou indo embora. Eu me anulei por sua conta. Preciso viver!” E B, possivelmente, não vai entender do que se trata. “Como assim? A tem vontades? Devem ser os amigos ou a terapeuta que estão gerando influências negativas! Talvez seja maluca!” Tanto faz… Como o mundo girava no entorno de B, B é incapaz de perceber o que aconteceu com A. B é incapaz de perceber que A também precisava de seu EU.

Notem que essas relações são destrutivas. Quem conscientemente faria escolhas desse tipo? Entretanto, escolhas desse tipo são feitas TODOS OS DIAS, e muitas vezes percebidas apenas depois de longos e penosos anos.

Convido a todos que reflitam sobre suas vidas e sobre suas relações. Somos os únicos responsáveis por nossa própria felicidade, e com certeza há no mundo pessoas que nos aceitam com todas as nossas qualidades e defeitos. Há pessoas que amam o EU do outro e que desejarão viver eternamente ao lado dele.

Sejamos felizes e plenos!