Para uns,
Nunca seremos bons o suficiente.
Para outros,
Seremos puro exagero constante.
Mas nada disso importa,
Quando a própria alma é simplesmente bastante.
Quando há alma,
Há vigor,
Força,
Intensidade,
E nunca é cedo ou tarde,
É sempre quando precisa ser.
E tudo é muito –
Intenso e muito –
E o único intuito
É o amar,
O bem querer.
Quem tem alma, tem pressa,
Abraços e beijos à beça
Para dar
Até mesmo sem ter.
E eis que de repente,
Tudo ficou menos urgente.
Bateu uma preguiça…
Achei que fosse falta de café,
Mas descobri que era o tal do amor próprio.
Estou no aqui,
No agora,
E depois de muito tempo,
Sem nenhuma pressa.
Faltam-me coisas
E disso eu bem sei,
Mas eu tenho tanto…
Antes de apagar das luzes
E fechar a porta,
Olho-me no espelho
E sorrio:
Eu me tenho.
Sem pressa…
Sempre haverá o dia seguinte
Até o dia seguinte
Não a ver mais.
Tanta gente com pressa de tudo
E o essencial sendo deixado na calçada
Um dia o vento e a chuva levam
Quem sabe um dia
Não restem nem vestígios do
AGORA BABOU 