Não sou ponto de partida
Não sou ponto de chegada
Eu sou a jornada
Sou a reticência
O et cetera
Id est
A presença
A saudade
O sonho
A realidade
O brilho
A certeza
O finalmente!
O ufa!
O até que enfim
O para sempre
O até o fim.
Não sou ponto de partida
Não sou ponto de chegada
Eu sou a jornada
Sou a reticência
O et cetera
Id est
A presença
A saudade
O sonho
A realidade
O brilho
A certeza
O finalmente!
O ufa!
O até que enfim
O para sempre
O até o fim.
…e transforme-os em realidade!
Lembra daqueles sonhos? Sim! Esses mesmos que você guarda aí dentro faz um tempão…
O que você fez ontem para transformar os seu sonhos em realidade? O que fará hoje? E amanhã?
Não fique apenas nos sonhos! Faça acontecer. Lute para que sua vida não seja apenas um conjunto de lembranças do que poderia ter sido. Até porque não serão só lembranças… Serão lembranças permeadas de amargura.
O dia é hoje! Não perca mais tempo! Siga seus sonhos! E que os problemas do dia-a-dia, do cotidiano, não sirvam como desculpa para que você não viva sua vida em toda sua plenitude.
Nesse momento, não preciso de metáforas, metonímias, catacreses, perífrases… Quero abundantes hipérboles, pleonasmos e anáforas. Quero que as palavras rasguem meu corpo feito navalhas. Quero que jorrem sangrentas obviedades. Quero purgar a realidade. Quero olhar nos olhos da verdade.
Diga-me! Não importa se nascerão deuses ou demônios! Diga-me!
E ainda que eu vire pó, do pó ascenderei ao céu
Não sei se como vítima, juiz ou réu
Meu coração não sabe ficar ao léo
Diga-me! Antes que uma surdez catastrófica me reclame!
Diga-me! Não espere que eu clame! Diga-me!
Ou não diga… E não direi também.
Quando se tocam
Já não são mais um
Já não sabem quem são
São um único corpo
E um único coração
Que pulsa
Que contrai-se
Contorce-se
Ao som da TV
Que não se sabe
Porque está ligada
Não é fuga
Da realidade
É realidade
Nua e crua
É verdade
Ele e ela
Sombras nuas
E em cada toque
A sedução
Se seduz
Se entrega
E o puro prazer
Alcança:
Há esperança
Há ritmo
Há dança
Entre gemidos e sussuros
O travesseiro esconde
O rosto
Que desfigura-se
De prazer
E com a cama inundada
Vão de puta a fada
De cavalheiro a canalha
Tudo em busca
Do prazer
Da paixão
Do amor
Do ser
Da felicidade
Do viver
E oferecem-se
Querem mais!
Querem sentir nos ouvidos
As sacanagens que irão
Fazer
Ter
Ser
Beber
Sorver
Cada gota
Feito loucos
Extravagâncias que poucos
Conhecem ou irão
Conhecer
Tem cheiro do quê?
Vinho, queijo
Fluidos
Sexo
Sexo
Sexo
Tem nexo
É o mais puro reflexo
Do que são
Do que plantaram
Do que um dia
Colherão
E tudo isso se baseia
No respeito
No amor
Não faz sentido
Se assim não for
Não se consegue com outros
Só se forem os dois
Pelos dois
Feito em um
Juntos
E 110% unidos
Bombardeiam-se
Os sentidos
O gozo tonteia
Desnorteia
Pausa…
Deixam o fôlego renascer!
E depois disso
Nada foi ou jamais será
Como antes
Quem com o prazer
Consegue juntar o amor
Fica imortal
Não sente dor
Viciado
E como faz bem esse
Vício!
Não é sacrifício:
É amor!
Entendam…
Aceitem, por favor!
E mesmo sendo carnal
É espiritual
São almas que se acodem
E o eterno amor elas descobrem
Não se separam
Não há como
Nem mesmo durante o sono…
Que sono?
São a soma de tudo
Ao ponto de se tornar nulo
O direito de adormecer
Sim…
E ainda que o tempo se vá
O que foi para sempre será
Gravado por dentro
Não é tormento
É alento
Não é areia
Para ser levada pelo
Vento
É amor
É para agora
Para ontem
Hoje
Amanhã
Todo momento
Nos amamos
Confesso-te
Confessa-me
Do que somos
Nós dois precisamos
Esse fluido vital
Nos faz vivos
Precisamos e merecemos
Viver.
Meus sonhos se foram pelo ralo
Ficou a realidade
É que com você
A realidade são sonhos.