Não culpe Deus por não fazer a parte que não lhe cabe fazer.
Então, você tem rezado com os joelhos no chão. O que você espera que Deus faça? Que se manifeste fisicamente e resolva os seus problemas? Que diga para os outros o que precisa ser dito? Que termine o que não está dando certo para que algo novo se inicie? Que force você a se amar, a se respeitar, e a dizer não para o que te faz mal?
ISSO CABE A VOCÊ! O trabalho de Deus é inspirar, incomodar, indicar, intuir, esclarecer, guiar… Deus manda a resposta, mas o livre arbítrio é teu. É você quem decide o que fazer com a resposta e não Deus.
“Ah! Mas Deus não está me respondendo…” Não minta para si mesmo, vai… Deus SEMPRE responde. A questão é que muitas vezes a resposta é diferente daquela que você esperava, nem por isso deixa de ser uma resposta divina.
Reze de joelhos no chão se for o caso, mas prepare-se para ouvir o que você não quer ouvir e para ver o que você não quer ver.
Enquanto você fingir que acredita em Deus apenas quando a resposta que recebe bate com a sua vontade, é como se Deus não existisse. E Deus existe SEMPRE!
E aí? Vai continuar fingindo que não recebeu nenhuma resposta?
Fui indicado para o prêmio pelo blog Mágica Mistura (link para o post). Então, eu indiquei a Francielle Santos para o prêmio, que por sua vez indicou o Guilherme Angra, que me indicou de volta. Portanto, antes de mais nada quero agradecer ao Guilherme. Muito obrigado pela indicação e pelo reconhecimento do meu trabalho! Só que como já indiquei 10 pessoas anteriormente, vou apenas responder as perguntas dele. Parece-me justo.
1 – Qual o livro que lhe mudou a perspectiva de vida?
Em nível pessoal, O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. É um livro que levo sempre em meu coração. Já em nível acadêmico, As paixões e os interesses: Argumentos políticos a favor do capitalismo, de Albert O. Hirschman, que consolidou em mim as ideias do pai do liberalismo econômico, Adam Smith. Até leio alguns livros de ficção e mesmo de poesias, mas acabo sempre me voltando para livros mais focados em Ciência Política e Economia.
2 – Por que você escreve?
Eu já devo ter respondido essa pergunta de várias formas diferentes em períodos diversos da minha vida. Hoje (pode ser que amanhã mude), escrevo para organizar os meus pensamentos. Depois que escrevo, muitas vezes não me reconheço e nesse processo acabo descobrindo um pouco mais de mim. A escrita também me liberta e é uma forma de dissipar ou ressignificar sentimentos muitas vezes conflitantes, que vão do amor ao ódio, passando por expectativas destruídas e mensagens de esperança.
3 – Qual o propósito da sua existência?
Ajudar ao próximo sempre que for possível e fazer os outros pensarem. Vejo muita preguiça de pensar nas pessoas, o que se reflete na terceirização do pensar. As pessoas leem o resumo do resumo do resumo e se consideram especialistas em um determinado assunto por conta disso. Obviamente, um efeito extremamente nocivo da Era da Informação (ou seria da desinformação?). Quando digo que não gosto do marxismo, por exemplo, me dei ao trabalho de ler O Capital. Não é possível concordar ou discordar de nada baseado no achismo de terceiros. Não tolero pensamentos enlatados. É uma mensagem que sempre tento levar adiante, algo extremamente difícil em um país onde todos se consideram especialistas em tudo.
4 – Três coisas que você precisa fazer antes de morrer:
Cuidar, educar e ver a minha filha crescer (ela é a pessoa mais importante que existe em meu mundo), assistir a um show do Nightwish com a Floor Jansen nos vocais, e voltar a tocar violão/guitarra em alto nível como já fiz no passado.
5 – Quando você se analisa a sua história até aqui, o que mais lhe comove?
Descobrir que eu eventualmente caio, mas que eu sempre me levanto. Eu sou muito mais forte do que eu me imaginava ser.
6 – Quem é o seu maior mentor?
Jesus Cristo e não necessariamente apenas por questões religiosas. Para mim, um exemplo a ser seguido e que ainda estou muito distante de alcançar. Jesus Cristo para mim foi o homem mais sábio que já pisou na Terra.
7 – Qual a frase que você escolherá para a sua lápide?
Aqui jaz alguém que nunca se acovardou diante dos desafios da vida.
Uma coisa que eu aprendi é que para cada pergunta que já fiz sobre a minha vida, antes mesmo da pergunta ter sido formulada, já havia uma resposta. E a resposta estava ali, bem na minha frente, apenas esperando a pergunta correta ou mesmo adequada para emergir.
E pensando sobre isso, me dei conta que já tive medo de fazer certas perguntas por ter medo de me deparar com as suas respostas. Sim, essas mesmas respostas que eu dizia que procurava. A questão é que de fato as dúvidas não existiam. O que existia era um mecanismo de defesa, pois ao não fazer as perguntas eu podia dizer que desconhecia ou mesmo que não sabia das respostas.
Quanta tolice! Quanta imaturidade! Quanto tempo perdido em questionamentos intermináveis, até mesmo quando o óbvio insistia em se fazer presente. Quanta energia desperdiçada! Quantos “socos na parede” apenas para perceber que a parede não se importava com meus socos e permanecia completamente indiferente à dor em minhas mãos, à dor em minha alma, em meu coração. Minha dor e de mais ninguém.
Admitir que eu não sabia lidar com algumas respostas (i.e. a verdade) foi um dos processos mais dolorosos que já tive que enfrentar na minha vida. E até para isso já existia uma resposta:
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” – João 8:32
E assim, percebi que talvez eu não quisesse me libertar. Talvez eu apenas quisesse que as coisas não fossem como elas realmente eram. Talvez a esperança de que algo mudasse fosse grande e forte o suficiente para me fazer pensar em esperar até que a resposta mudasse. E muitas vezes eu fiquei esperando, esperando, esperando…
Seria, então, a esperança algo ruim? A esperança paralisante é. Algumas vezes, tudo que precisamos fazer é olhar para Deus e dizer: “Toma! Isso é grande demais para eu resolver!” E assim seguir em frente, na certeza de que as coisas serão como tiverem que ser. O que seria a fé senão isso?
Ainda tenho medo de algumas respostas – que isso fique claro, mas também tenho esperança. Não necessariamente a esperança de que algumas respostas mudem, mas a esperança de que encontrarei em meu caminho meios que me façam ir adiante mesmo diante de respostas com as quais não sei lidar (ainda).
E que assim seja. Eu tenho fé e isso é tudo que eu realmente tenho.
Os primeiros raios de sol já entram pelo meu quarto. Não pedem licença. Não dão explicações. O fato de serem raios de sol já os credencia.
É feriado, mas é dia de trabalho para mim. Gosto do que faço. Faço porque gosto. E assim, os dias de trabalho passam leves, suaves… São dias intensos e felizes. Tensos em alguns instantes, mas qual graça haveria se assim não fossem?
Enquanto escrevo e saboreio um delicioso café com leite, a vida me faz perguntas e me pede respostas. Silencio-me. Pergunto-me se estou fazendo as perguntas corretas. Tenho plena consciência de que perguntar não é o bastante. É preciso entender o motivo das perguntas. É preciso entender onde quero chegar.
Mergulho mais fundo dentro da minha alma. A minha vida não é só trabalho. Pelo contrário. Apesar de ser uma parte importante, em última análise não sou escravo do que me proponho a fazer. Há urgências em mim em vários níveis, mas… O telefone toca. Trabalho.
Eu tenho 2 celulares, WhatsApp, Telegram, Sametime, Jabber, Slack… Eu sou “achável” 24 horas por dia. Já se passaram 3 horas desde que eu acordei e ainda não me olhei no espelho. Será que consigo?
Estou descabelado. Trabalhar de casa tem dessas coisas. Mas sei lá… Parece que estou descabelado por dentro também e não há pente que resolva isso. Um banho me parece uma boa ideia.
As perguntas não param! Melhor eu voltar para o trabalho! E de repente, caiu uma ficha: me matar de trabalhar é uma excelente motivo para não perguntar se as perguntas que eu me faço são realmente relevantes. E não sabendo nem mesmo das perguntas, como pensar em respostas? O telefone toca novamente… É urgente. Sempre é urgente. E as minhas urgências, como ficam? Ligo o “piloto automático”… Como assim, se não sei nem para onde devo ir?
O dia está nublado. Minha mente também. Preciso caminhar na praia. No momento, isso é o mais urgente. “Modo Avião” ligado. Preciso de um momento de eu comigo.
“Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” – Geraldo Vandré
Frases contraditórias. Muitas vezes se espera para saber. A iluminação pode surgir em um piscar de olhos, mas ela também pode aparecer depois de um tempo. O importante é estarmos em busca do saber.
Acho que a dúvida de muitos é onde encontrar esse saber, que em última análise se transforma em uma grande busca por respostas. Procuramos em livros, em artigos, em amigos e em familiares as respostas para as quais precisamos. Tais respostas costumam variar bastante. Algumas se apresentam contraditórias. Nos esquecemos, entretanto, de perguntar para quem via de regra sabe todas as respostas: nosso eu interior.
Entretanto, isso não é tão simples quanto parece. É preciso que o seu eu interior esteja conectado ao universo e preparado para receber respostas, muitas vezes, completamente diferentes das que esperavamos obter.
O universo tudo sabe. Se o universo te fez chegar até às perguntas, as respostas já existem. Ouça-as. Veja-as. Elas estão em todos os lugares, até mesmo nos mais inusitados.
Mas não… É bem provável que ela não venha na forma de palavras. É bem provável que não seja verbalizada. É bem provável que venha através de sinais.
Sim, sinais! É a música que toca, o pássaro que voa distante, o vento, o barulho das ondas do mar… Contextualize os sinais diante de suas perguntas e pronto. Eis que surgem as suas respostas.
Aceite-as. Receba-as com gratidão. Por mais dolorosas ou difíceis que sejam ou pareçam ser, são as verdadeiras respostas. São as únicas respostas. São a verdade. A verdade que sempre esteve dentro de você e que o universo simplesmente aflorou quando você realmente quis ou estava preparado para encontra-la.
Não tema a verdade. Ela é o único meio de sermos realmente livres. Deixe a verdade te surpreender.