Onde não pude ficar
Deixei saudade
Melhor que nada
Melhor não avisar nada:
Ela é uma PÉSSIMA companhia.
Onde não pude ficar
Deixei saudade
Melhor que nada
Melhor não avisar nada:
Ela é uma PÉSSIMA companhia.
Sinto a tua presença em tudo
No todo
Nas partes
Não caminho mais sozinho
E nem caminho para esquecer
Porque tudo que sei fazer é lembrar
Vivo silêncios ruidosos
De onde brotam infinitas declarações de amor
Desejos e vontades reiteradamente confessos
Saudades que não são doridas
Vida que é viva
E que me faz acreditar
Que minha própria vida
Ficou de pé e pôs-se a andar
A correr
A voar!
Não mais me anseia o futuro –
Estou ocupado demais com o presente –
Estrepitando sentimentos dormentes
Permitindo-me sentir e ir
Sem receio
Sem medo
Imerso em mim
Ardendo feito mil sóis.
Descobri que a saudade
Tem ciúmes de você:
É só você chegar
Que ela se manda.
(muito embora fique
para todo o sempre
querendo voltar)
Estive pensando
Em mim
Em você
Em nós
Nos nós
Na garganta –
Pigarro –
Difíceis
De engolir
Coisa pouca
Eu e você
Queijos e vinhos
Nenhuma roupa
Nenhuma pretensão
Mais nada
Mais ninguém
Eu estou bem
O dulçor
E o amargor
Da saudade
Me guarnecem
Me aquecem
Feito prece
O resto
É o resto
É o momento
No tempo
Em deixar
Por decidir.
Felipe, meu irmão, faz 35 anos que você se foi. Você sabe que não deixei de lembrar de você por um único dia sequer e também sabe que eu teria dado a minha vida por você se coubesse a mim essa decisão.
São pelo menos 12.283 dias de saudades (anos bissextos inclusos) e a certeza de que estamos sempre juntos de alguma forma. Eu sei que você está escrevendo esse tempo comigo.
Reafirmo: tempo e distância são nada entre nós. Sei que ainda vamos nos encontrar. Eu te amo. Meus amores são para sempre.
Que tempo é questão de opção
Isso não se discute
E se digo que para certas coisas há tempo –
Digo para estas coisas sim! –
E se digo que para outras coisas não há tempo –
Digo para estas coisas não!
Não há meio termo
E é importante esta questão:
Sem se falar abertamente
Diz-se muito
Emite-se uma certidão
E dando tempo ao tempo
Descobrem-se todas as verdades
Observando-se o todo
Evidenciam-se as obviedades
Tempo, tempo, tempo
De prisão ou liberdade
Que segue sempre em frente
Alheio à toda e qualquer vaidade
Tempo, tempo, tempo
De indiferença ou reciprocidade
Tempo que leva e tempo que traz
Gélido esquecimento ou torrencial saudade.
Vem cá…
Vem me falar
De tudo que você acha
Que não precisa dizer
Lembra?
Antes de tudo eu era amigo
Abrigo…
O bom dia
O boa noite
E tudo mais que precisava ser
Deixo assim
Nas tuas mãos
O direito de ser feliz –
Ou não!
Mas se quiser me falar
Do seu coração
Continuo por aqui
Depende só de você
Confessar-se
Ou deixar o momento ir-se em vão.
Sim
Eu realmente sinto diferente de você
Eu sinto o agora
A sexta-feira
As taças de vinho que não serão
Os beijos deixados pelo caminho
A flor
O espinho
Eu realmente sinto diferente de você
Porque te sinto
E sinto muito.
Vai que um dia
Movidos pelo vento
Ou por pura poesia
A gente se reencontra
E vive tudo aquilo
Que não perece com o tempo?
Fui ali te buscar e
Sem pressa
Não adianta
Não volto.