Confiei em ti
Ao ponto de
Confiar a ti
Meus segredos
Tornei-me
Propositadamente
Conscientemente
Vulnerável
E tu não sabes
Lidar com isso
Eu entendo…
Não caibo –
E no fundo
Tu sabes –
No que é raso
E minhas canelas
Mal se molharam:
Permanecem secas.

Não tenho medo
Confesso, já tive
Mas o resto de mim que ainda vive
É puro sossego
Não tenho medo
Depois que o vi de perto
Acolhendo-me de braços abertos
Revelando meus segredos
Não tenho medo
Não preciso mais dele
Pois nada que o futuro desvele
Destruirá meu vinhedo
Não tenho medo
Não mais
Hoje, eu sou o medo
Trago para tua vida
Um não linear enredo
Convém não refugar
Melhor logo aceitar:
Usa em teu favor
Todos os teus medos.