Silenciei
Nada a ver com boca ou ouvidos
O silêncio que não me dei
Fez emergir outros sentidos.
Silenciei
Nada a ver com boca ou ouvidos
O silêncio que não me dei
Fez emergir outros sentidos.
Nem de longe
E muito menos de perto
Digo as palavras certas
E isso não quer dizer
Que eu não sinta ou esteja certo
Eu até conheço algumas palavras –
Não todas, obviamente –
Mas o problema não sou eu…
Meu coração fala uma língua que é só dele
E só quem o entende é o teu
Portanto, não me escutes com teus ouvidos
É prudente usarmos apenas o coração
Para que tudo adquira inequívoco motivo
E que guardemos os nossos cinco sentidos
Para nossas noites de amor e inclemente paixão.
Há dias que adias os dias
Será que tu não
Ouvias ou vias
Tudo que havia nas vias?
O agente por deter gente
Com detergente
Acusa, usa e abusa da siracusa
E da medusa que parece musa
Diga-me um senão
Se não eu digo não
A fim do fim afim
Outrossim, outro assim sim!