Quando sorrimos para Deus, Deus nos sorri de volta.

Quando sorrimos para Deus, Deus nos sorri de volta.
Diante do inevitável
O que me resta fazer
A não ser sorrir?
Sorrir
Sempre
Sorrir
E sorrindo –
E só rindo –
Eu vou
Para onde eu tiver que ir.
Eu sorri para o meu espelho
E meu velho espelho
Pois-se a me sorrir
E sem me dar conta
Ou mesmo fazer de conta
Acabei dele e de mim rir
E ficamos assim
Sorrindo um para o outro
Em momentos sem fim
E sorrindo dali me fui
Sorrir para a vida
O sorriso que a vida deu para mim.
Lembra de como era no início?
Eu escrevia uma poesia
Você imediatamente lia
Imediatamente aparecia
Sorria
Agradecia
Ficava lindo o nosso dia!
Depois, virou rotina
Muito embora mais ricas as poesias
Mas nem sei se as lia!
Sequer aparecia!
Não sei se sorria
Agradecer, não agradecia
Ficava nublado o meu dia.
Mas você não vai me mudar
EU SOU ASSIM!
Eu sou poesia
Eu amo por amar
Escrevo por necessidade
Não por vontade
Quer seja por presença
Ou saudade!
Que nós tenhamos um lindo dia!
E que nossos corações se aqueçam
Quer seja com café
Ou com poesia.
Pedi a Deus que me desse um novo rumo
Uma nova direção
“Retire seus antolhos!”, disse um anjo
E eu sorri:
Não sou burro, não!
E me encontro
Quando te encontro
Em cada desejo
No safado gracejo
Que só a você faz rir
É automático
Sintomático
Intergalático
Nunca burocrático
O sorriso que brota
E que vai de porta em porta
Querendo se mostrar
Querendo fazer o mundo sorrir
É contagiante
Grande feito um elefante
Raro como diamante
Droga super alucinante
Que descobrimos juntos
E para qual não há antagonista
Que vicia e conquista
E faz parar o tempo
Nos nossos momentos
Atemporalmente únicos
Únicos…
Únicos…
Há temporais únicos.
Hoje, um estranho me sorriu. Ele não me pediu nada. Não queria nada. Simplesmente sorriu porque o deixei passar na minha frente durante uma caminhada pelas ruas do bairro. Ele não sabia disso, mas eu precisava daquele sorriso. Eu também não sabia, mas senti algo muito positivo quando vi seu sorriso. Uma espécie de injeção de ânimo. Difícil de explicar.
E durante o resto de minha caminhada, segui sorrindo. Sorri para homens e mulheres. As mais novas eventualmente pensaram que minha simpatia era alguma espécie de cantada. As mais velhas, sorriam de volta. Os homens, não sabiam ao certo se eu era gay, maluco ou estava simplesmente feliz. De qualquer forma, o meu sorriso causou sensações nas pessoas, e era exatamente isso que eu queria.
Esperamos muito da vida. Compreensão, carinho e compaixão (entre outras coisas), mas muitas vezes nos esquecemos de dar justamente o que nos faz falta. Quanto me custou sorrir? Será que não fiz por alguma pessoa o mesmo que o estranho fez por mim?
Por via das dúvidas, vou continuar sorrindo. Espero que a vida também continue a sorrir para mim.