O que eu lhe ofereço é algo que ninguém mais pode lhe dar: o que sou.
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Tudo ou nada
É…
Eu lamento…
Mas não vai dar para te amar do jeito que você quer.
Não dá para ser só nas segundas, quartas e quintas
Muito menos das 14:25 até às 19:52
Podendo esse horário ser estendido
De acordo com as fases da Lua.
Variações de temperatura
Também não podem ser consideradas
Afinal de contas, pensa bem…
O amor é para ser sempre quente.
Amor não é algo que se controla
Não é limitante ou limitado
Amor é entrega:
É tudo ou nada
E quando se tem meio amor
Não se tem nada.
Tente ficar em silêncio
Eu sobreviverei a todo e qualquer silêncio que você me imponha
Porque por dentro de você eu sei que sou puro barulho.
Escuta-me!
Escuta-me!
Percebe meu silêncio?
Estou aqui!
Em silêncio…
Não ouso me manifestar!
Palavras mil
Idéias em milhões
Resto de tudo
Náufrago de ilusões
Eu sei, amor protocolar
“Estou confusa”
Mas abro meu coração
Rasgo a minha blusa
Alma que sangra por um peito aberto
Completamente desnuda
Ah, meu amor!
Que falta faz seu cheiro
Seu sabor…
Saudades de tudo
Mudo…
Silêncio mudo
TUDO!
Aquela pizza
Aquele vinho
Aquele sushi
Tudo ali!
Saudades do que está de fato perto
Estou vivo
Você também
Estamos aqui!
Queria eu que fosse
Um passado esquecível
Mas nosso amor, outro nível
Inquestionavelmente crível!
Aquieto-me diante do meu infindável pranto
Mas é assim…
Tantas coisas para lembrar
Um futuro para achar
Dentro de um pretérito imperfeito
Que na fragrância abundante e melada de um amor
Encontrou visceral e inalienável direito
De um futuro que existe sem existir
De um amor que ora renasce e ora está por vir
Eternamente…
Em nossa existência e na esperança que existe –
E resiste! –
Na nossa razão e motivo para…
Sem rima…
TUDO!!!
Por ti
Que não seja contigo
Mas é sempre por ti
É sempre em ti
És tudo
Absolutamente nada mais –
Posto que não há nada mais –
Cabe em mim
Tu me transbordas
És enchente
És vida
És o presente
És o ausente
És o nascer
És o poente
És tudo
Estás
Invariavelmente
Inexoravelmente
Nos milissegundos do sempre
Aqui.
InfinitAMOs
Que nunca se acabe
O nosso amor que cabe
Em uma casca de noz
E que feito elefante
É gigante
Azucrinante
Bem maior
Do que o universo
Bem maior
Do que nós
O nada nos define
Pois tudo somos
Tudo nos consome
Tudo consumimos
Eis o nosso paradoxo:
Será que realmente existimos?
E desta dúvida sempre rimos
Diante do quão infinitos
Que infinitamente somos.
Temperados
No calçadão da praia
Olhos nos olhos
Mãos e almas entrelaçadas
Excesso de tudo
Carência de nada
Completude de vida
Na acepção mais viva
Da viva palavra
Beijo sem igual
Abraço transcendental
Todo o resto virou pouco
E virou tudo
O que era pouco mais que o nada
A declaração de amor
A entrega irrestrita
Os sorrisos que declaram
Muito mais do que as bocas falam
E o mar a olhar
O júbilo que nos faz levitar
Nosso amor é a pimenta da terra
Que tempera na medida certa
Que faz rir
E faz chorar
Plenitude do ser
Do viver
Do querer estar.
Nada
Tanta gente com pressa de tudo
E o essencial sendo deixado na calçada
Um dia o vento e a chuva levam
Quem sabe um dia
Não restem nem vestígios do
Entre o tudo e o nada
Eu me lembro de tudo
Não me esqueço de nada
Isso não era para ser um problema
Mas passou a ser
Quando tudo e nada
Se misturam e se confundem
Há meio termo eficaz?
Há algo que se possa querer?
Eu errei, eu sei
Nunca soube me omitir
Sempre falei mais do que esperado
E sim: sempre foi por querer
Forcei alguma reação
Que fosse um tapa na cara
Um chute no saco
Algo para realmente doer
Porque na minha vida
O contrário do amor
Nunca foi o ódio
Mas a indiferença do não dizer
Hoje, entre o tudo e o nada
Tento respirar,sobreviver
Se tudo realmente fiz, me calo:
Não há nada o que fazer.