Fim de tarde

E essa coisa de fim de tarde

Que chega sem fazer muito alarde

Mas que queima, rasga e arde?

 

Saudade de fazer poesia

Que não seja de saudade

E eu sou todo saudade

Assumo sem a menor vaidade

 

Não poderia ser diferente

Quando deixam no peito da gente

Um coração que não mais bate

E que nem fingindo consegue ser indiferente

 

Um dia tudo isso passa – eu sei!

Essa saudade frondosa

Esses versos repetitivos

Essa explosão de sentidos

 

Um dia tudo isso passa – eu sei!

O coração se conforma

E a esperança renasce

De dentro para fora

 

Um dia eu talvez acredite:

Ela foi embora

 

Mas por ora…

É só saudade

Que em solo fértil de mim aflora.

voce-que-poderia-ser

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Motivo de orgulho

Como poeta amador, de vez em quando consigo criar algo que consegue resistir as minhas críticas mais ferrenhas.

É o caso de uma estrofe de uma poesia chamada Maldade. Sem perceber, meio que na base da tentativa e erro, acabam surgindo versos atemporais. E sim, isso dá muito orgulho.

Saudade,
Sim! Muita saudade,
De tudo o que fomos,
Pois o que somos,
É pouco, muito pouco,
Quando dizemos que o amor está morto,
Muito antes dele morrer.

Que Deus me permita ainda criar muitos versos como esse! Fica a sensação de dever cumprido. E que assim seja.