Um dos piores desfavores que as religiões fazem para seus seguidores é representar Diabo de maneira arquetípica: chifres, rabo, fogo, cheiro de enxofre, etc.
Mas não é este mesmo Diabo descrito como o Príncipe das Mentiras? E assim sendo, não poderia ele mesmo se apresentar de maneira que fugisse ao seu arquétipo justamente para não ser reconhecido?
Parece-me óbvio que o diabo está em botecos cheios de pessoas caindo pelo chão, casas de prostituição, surubas em geral, mas não será esta uma visão simplista? O que o diabo tem a ganhar nestes lugares, já que as pessoas que lá estão já sucumbiram às trevas?
Minha argumentação tem um único objetivo: mostrar que as coisas não são tão simples quanto parecem. O Diabo não está apenas nos lugares óbvios que mencionei. É possivel encontra-lo em situações cotidianas. E ao encontra-lo, ele provavelmente não terá a aparência arquetípica. Talvez não se manifeste como ou seja o que se espera da personificação do mal. Talvez seja apenas uma serpente silenciosa, que entra na vida das pessoas como quem deseja a elas tudo de bom. Como um amigo, um amor, um mentor, ou de qualquer maneira que possa seduzir, desviar e inflar o ego de suas vítimas. E tudo isso apenas para ganhar a confiança, o amor, e logo depois deixar as vítimas no chão, sem esperança, sem dignidade, bem longe de Deus.
Portanto, é bom repararmos nos detalhes e não nas aparências. Reparar nas atitudes e não nas palavras (palavras são NADA para o Diabo). No que de fato é e não no que é vendido ou prometido.
O Príncipe das Trevas só tem o poder que é voluntariamente fornecido a ele, de maneira consciente ou não. Fiquemos todos atentos, então, e cada vez mais perto de Deus para que não sejamos enganados ou iludidos pelo Príncipe das Mentiras.
Maiores detalhes em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/L%C3%BAcifer
